Após crise diplomática, Dilma entrega credencial a embaixador da Indonésia
Reprodução/Twitter | ||
Presidente Dilma entrega credencial ao embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto |
Passados oito meses desde que Brasil e Indonésia protagonizaram um atrito diplomático, a presidente Dilma Rousseff entregou nesta quarta-feira (4) a credencial para atuar no país ao embaixador da Indonésia, Toto Riyanto.
Em fevereiro, após a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira no país asiático, a petista havia se recusado a conceder a autorização ao embaixador, o que levou o governo da Indonésia a chamar o embaixador de volta ao país. Na época, o governo brasileiro também convocou o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Soares.
A entrega da credencial ocorreu durante cerimônia nesta quarta (4), no Palácio do Planalto, na qual a presidente concedeu a autorização a 22 embaixadores, entre eles da França, do Canadá e da Coreia. O recebimento do documento é uma formalidade que tem como significado o reconhecimento pelo Brasil da legitimidade do embaixador para representar seu país.
Em fevereiro, Riyanto chegou a comparecer ao Palácio do Planalto, mas foi informado antes do início da cerimônia pelo ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) que a presidente havia decidido aguardar por mais negociações com a Indonésia. Assim que foi informado, ele se retirou.
No evento desta quarta, a petista trocou aperto de mãos com Toto Riyanto, disse que ele é "muito bem-vindo" ao Brasil e pediu para que ele transmitisse seus cumprimentos ao presidente da Indonésia, Joko Widodo.
No início do ano, Widodo não cedeu a apelos feitos pela presidente para que não executasse os brasileiros Ricardo Gularte e Marco Archer, condenados a pena de morte no país asiático por tráfico de drogas.
Após o assassinato de Archer, o governo brasileiro anunciou sanções ao país asiático na área comercial. Na época, o assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o fato criava uma sombra na relação entre os dois países.
Beawiharta - 8.jun.2004/Reuters | ||
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira em cela na Indonésia após ser condenado por tráfico de drogas, em 2004 |
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