Chuva em SP supera volume esperado para novembro em 15 dias
Em apenas 15 dias, as chuvas que atingiram a cidade de São Paulo já superaram o volume esperado para todo o mês de novembro, informou o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura. Apesar disso, o Cantareira, principal reservatório que abastece a região metropolitana, acumula pouco mais da metade do volume esperado de chuva: 60,4%
Até as 7h desde segunda-feira (16), a cidade de São Paulo já acumula 149,7 mm de água –quase 16% acima da média histórica registrada pelo órgão para o mês (129,5 mm).
"Esse acumulado deve aumentar bastante, já que ainda estamos na metade do mês e existe previsão de chuvas para os próximos dias", disse Michael Pantera, meteorologista do CGE.
Os dados são uma média dos índices pluviométricos registrados nas 26 estações meteorológicas automáticas da cidade. Os maiores acúmulos de água, segundo o órgão, foram registrados na zona sul da cidade: Parelheiros (220,5 mm), Santo Amaro (182,4 mm) e Cidade Ademar (181,9 mm).
Os meteorologistas informam ainda que a zona sul foi a região com a maior incidência de chuva até agora com 165,8 mm, seguido pela zona oeste (155,2 mm), centro (145,1 mm), leste (143,3 mm) e norte (139,2 mm).
Bruno Santos/-22.out.2015/Folhapress | ||
Forte chuva cai na região central de São Paulo |
Balanço do CGE mostra que foram 12 dias de chuva até o momento. Novembro de 2002 foi o que registrou mais dias de chuvas (24), e novembro de 1998 foi o menor (9), de acordo com a série histórica do CGE iniciada em 1995.
Os meteorologistas informaram que não há previsão de chuvas significativas, apenas de chuviscos nos trechos de serra da Grande São Paulo no final do dia. A temperatura mínima deve ficar em torno dos 22°C e a máxima deve chegar a 26°C.
Para esta terça-feira (17), os meteorologistas afirmam que o sol deve aparecer entre nuvens e a temperatura deve se elevar ao longo do dia com previsão de mínima de 18°C e máxima de 28°C. No final da tarde, a chegada de uma brisa marítima aumenta a nebulosidade e favorece a ocorrência de pancadas de chuvas na Grande São Paulo.
RESERVATÓRIOS
Apesar do acúmulo de chuva superior na cidade de São Paulo, o mesmo não ocorre na região dos reservatórios que abastecem a região metropolitana. Exceção aos reservatórios Guarapiranga, que fica na zona sul da cidade, e Alto de Cotia, localizada na divisa da cidade de Cotia (Grande SP) com a capital paulista.
O manancial Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, já supera em 23, 75% o volume esperado para o mês de novembro (123,8 mm), e ao de Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, já acumula 160 mm de água –volume esperado era de 126,7 mm, de acordo com balanço da Sabesp divulgado nesta segunda (16).
O sistema Cantareira, principal reservatório da Grande São Paulo, acumula apenas 96,8 mm –volume esperado para novembro é de 160,4 mm. O sistema abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.
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