Quadrilha faz 153 reféns em joalheria no centro de São Paulo
Uma quadrilha com 13 criminosos armados fez 153 funcionários e clientes de uma joalheria na rua Barão de Paranapiacaba, na Sé (região central), por cerca de duas horas e meia, entre a manhã e a tarde desta terça-feira (15). Quatro suspeitos foram presos em flagrante.
Segundo a polícia, por volta das 11h30, quatro mulheres e ao menos seis homens entraram na loja fingindo ser clientes. O grupo aproveitou um momento de distração do segurança e o rendeu, anunciando o assalto.
Funcionários e clientes foram trancados em cômodos, como banheiros e escritórios. Comparsas que estavam no lado de fora avisaram da chegada da polícia.
Além dos ladrões que já tinham ficado fora da loja, seis escaparam: quatro mulheres e dois homens, que fugiram carregando aproximadamente 3 kg de joias, como pulseiras, correntes anéis e relógios. Outros dois acusados, desarmados, foram presos ao tentar deixar o prédio.
PAREDÃO
Outros dois bandidos armados ficaram na loja. Ao ver a PM, um deles atirou em direção à porta de vidro da loja. A dupla colocou parte dos reféns -incluindo uma mulher com um bebê de colo- numa parede e ameaçou fuzilá-los.
Os estilhaços machucaram levemente o ouvido de um cliente. Às 14h, o último refém foi liberado e a dupla, presa. Eles responderão por roubo, resistência e disparo de arma, entre outros
Funcionários e clientes que estavam na loja na hora do assalto disseram que o bando foi extremamente violento.
"Colocaram a gente nas janelas, fizeram a gente ligar para os parentes, queriam a imprensa lá", disse o dentista Jairo Albuquerque, 48.
Maria Daniela Gonçalves de Paula, 21, funcionária da loja, disse que o local nunca havia sido assaltado antes. E desconfia que os bandidos eram inexperientes. "Eu trabalho no estoque e a todo momento eles pediam dinheiro, suavam muito, estavam muito nervosos, pareciam que nunca tinham feito isso."
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