Alckmin adia em 1 ano obra que leva a linha 2-verde do metrô até Guarulhos
A gestão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu por um ano as obras de expansão da linha 2-verde do metrô até Guarulhos, na Grande São Paulo. A informação foi publicada no dia 31 de dezembro no "Diário Oficial" e revelada nesta sexta-feira (8) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
A medida deve postergar em ao menos um ano a entrega completa da linha, prometida para 2020. De acordo com a reportagem, o governo alega que a suspensão ocorreu devido a reduções de repasses do governo federal devido ao ajuste fiscal e que priorizou obras já em execução.
Em agosto, a Folha revelou que o governo estadual congelou a construção de 17 de 36 estações dos monotrilhos das linhas 15-prata e 17-ouro. A decisão deixou em aberto as obras de 21,9 km dos 44,4 km prometidos pelo Estado –inclusive para levar a rede sobre trilhos até a favela de Paraisópolis, na zona sul, e Cidade Tiradentes, no extremo leste.
Alckmin lançou em novembro um novo pacote para concessões de rodovias, aeroportos, metrô e para o sistema de ônibus intermunicipais no valor total de R$ 13,4 bilhões. A gestão tucana incluiu no pacote a concessão da operação da linha 5-lilás do metrô, que atualmente opera entre as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro, na região de Santo Amaro, zona sul da capital paulista. Ao todo, são 9,3 km de extensão e atende diariamente a cerca de 250 mil pessoas.
Comparativo dos meios de transporte
O governo de São Paulo também estuda privatizar a operação dos dois monotrilhos da capital. A Folha apurou que a ideia é terminar as obras iniciadas e conceder à iniciativa privada as linhas 15-prata, na zona leste da cidade, e a 17-ouro, na zona sul.
Entre os modelos em estudo está o pagamento de um valor por passageiro a uma concessionária em troca da operação, como na linha 4-amarela do metrô.
GESTÕES TUCANAS
O ritmo de expansão do metrô de São Paulo desde 1995, quando o PSDB assumiu o governo do Estado, tem sido tão lento quanto o das gestões anteriores e muito inferior ao de outros países em condições comparáveis.
Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação apontam que a gestão tucana investiu R$ 30 bilhões em trilhos, trens e estações do metrô nos últimos 20 anos, quando inaugurou 37,2 km de linhas e 27 estações.
Isso significa uma entrega de menos de 2 km de novas linhas por ano. Trata-se de um valor semelhante ao obtido entre 1974, quando o metrô entrou em operação, e 1994, quando governos da Arena, PDS e PMDB inauguraram 43,4 km e 41 estações.
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