Além de creches, escolas de Haddad também estão sem feijão há um mês
Não são apenas ascreches que têm enfrentado a falta de feijão na merenda das crianças. Em uma Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) da gestão Fernando Haddad (PT), o alimento também sumiu do prato dos alunos há um mês.
Na Imperatriz Leopoldina, de Pirituba (zona norte), a direção enviou um comunicado aos pais explicando a situação. "Informamos que o feijão da merenda estava com caruncho. Tendo sido retirado da unidade escolar e, até o presente momento, não foi reposto".
Para as mães, a situação retrata descaso. "Eles precisam de uma alimentação adequada para ficar na escola das 13h20 às 18h15. Acho que todos os pais devem reivindicar isso", disse a dona de casa Suzana Aparecida Vieira Silva, 35 anos, mãe de uma aluna do 3º ano.
A prefeitura diz que os feijões foram entregues "em conformidade" pelos fornecedores em um armazém central da Codae (Coordenadoria de Alimentação Escolar). De lá, a prefeitura encaminha o alimento às unidades. "Às vezes a situação pode acontecer por conta no clima, mas isso já dentro da dispensa da escola", disse na última quarta-feira a coordenadora da Codae, Cláudia Lopes Macedo.
As três empresas fornecedoras, segundo a Codae, foram multadas. Os valores das multas são calculadas a partir do tempo em que a falha da empresa causa prejuízo ao serviço e, segundo a prefeitura, só podem ser definidos depois que o problema for solucionado.
Na semana passada, alunos de 103 escolas da zona norte ficaram três dias sem merenda por quebra de contrato da fornecedora de alimentos com a prefeitura.
SEM GÁS
Mães que têm filhos em creches e escolas da região de Pirituba (zona norte) afirmam que as unidades ficaram sem gás para cozinhar os alimentos. A balconista Vanessa dos Santos, 22 anos, tem uma filha na creche Menino Jesus e diz que, por uma semana, as crianças comeram pão, bolacha e suco.
"A direção mandou um bilhete dizendo que houve um problema com o gás", afirmou Vanessa à reportagem.
Na Emef Imperatriz Leopoldina, no mesmo avisou sobre o feijão, a direção comunicou a falta de gás. "Estamos enfrentando outro problema, com o gás fornecido pela empresa terceirizada ERJ", dizia o texto. Segundo a mãe Suzana Aparecida, os alunos passaram dias comendo cereal com leite. Anteontem, comeram macarrão.
OUTRO LADO
A Secretaria Municipal da Educação diz que os problemas com o feijão são pontuais e que retira o produto quando recebe reclamações. Diusse ainda que a alimentação dos alunos não foi prejudicada. Segundo a Codae (Coordenadoria de Alimentação Escolar), os alimentos são in natura e é preciso cerca de 20 dias para que o fornecedor envie às escolas afetadas. O fornecimento, diz, será normalizado a partir do dia 26.
Sobre o gás, a empresa ERJ diz o problema foi pontual e já resolvido. Na Emef Imperatriz Leopoldina, diz, houve uma falha na mangueira que faz ligação entre o gás e o fogão. A ERJ afirma que não recebeu reclamações da creche Menino Jesus.
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