Vacinação de doente crônico contra a gripe começa nesta segunda em SP
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
Profissionais da saúde receberam as primeiras vacinas em São Paulo; campanha começou no dia 4.abr |
Depois de quase um milhão de pessoas receberem a imunização contra a gripe na rede pública da capital paulista em uma semana de vacinação, começa nesta segunda-feira (18) uma nova etapa da campanha contra o vírus H1N1.
Agora, o público-alvo são pessoas com doenças crônicas e mulheres que deram à luz há menos de 45 dias.
De acordo com o último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, 96 pessoas morreram em São Paulo devido a complicações causadas pelos vírus mais graves da gripe, sendo que 17 delas estavam na capital. Ao todo, foram 715 casos de H1N1.
A campanha de vacinação foi antecipada no Estado devido à circulação também antecipada do surto da gripe.
Especialistas avaliam que, cada vez menos, as doenças chamadas de sazonais vão ter ciclos determinados, uma vez que o brasileiro tem viajado mais e trazido microrganismos ativos em outras partes do mundo para o país.
Na Grande São Paulo, a imunização na rede pública começou com profissionais de saúde –ao menos 200 mil foram vacinados– e avançou para crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, gestantes e idosos.
No Estado, até agora, segundo a Secretaria da Saúde, a cobertura vacinal chegou a 36% do público-alvo.
RISCO
Reportagem da Folha do último dia 10 revelou que o público que também terá acesso à vacina a partir de agora, como diabéticos, pessoas com doenças cardiovasculares, renais, e neurológicas crônicas, além de obesos mórbidos e imunodeficientes, formam o grupo com mais chances de desenvolver quadros complicados de gripe.
A previsão da Secretaria Municipal da Saúde é vacinar 642.877 pessoas com doenças crônicas e 21.679 mulheres que tiveram bebê há menos de 45 dias na capital.
Neste último caso, a vacinação é importante porque a imunidade fica mais baixa durante a gravidez. Isso acontece devido a uma reação do corpo para evitar a rejeição do feto, mas se normaliza algumas semanas após o parto.
DOCUMENTO
Para receberem a vacina gratuitamente, as pessoas com doenças crônicas – também está incluso quem tem Síndrome de Down– devem levar aos postos de saúde um atestado médico com o código da doença no CID-10 (Código Internacional de Doenças) da OMS (Organização Mundial da Saúde)
A receita de um médico com o medicamento de uso contínuo também é válida para receber a dose de vacina.
Mulheres que deram à luz recentemente devem levar a certidão de nascimento do bebê, o cartão gestante ou uma declaração do hospital onde o parto foi realizado.
Em média, a vacina leva de duas a quatro semanas para começar a fazer efeito no organismo. Medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos, segundo os médicos, são fundamentais para evitar a proliferação dos vírus.
A imunização de agora é para moradores da Grande SP. O restante dos municípios do Estado deve começar a vacinação da população a partir de 30 de abril.
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