Dentista é acusado de matar três concorrentes no litoral de São Paulo
Reprodução | ||
Imagem de câmera de segurança mostra o dentista usando uma peruca |
Um dentista de 37 anos teve a prisão temporária decretada pela Justiça sob a acusação de assassinar três pessoas da mesma família, irmãos e sócios de uma rede de consultórios odontológicos, entre dezembro de 2014 e julho do ano passado no litoral paulista.
Flávio do Nascimento Graça é considerado foragido pela Polícia Civil de Santos (a 72 km de São Paulo), que pediu a prisão temporária, válida pelo período de 30 dias.
Ele foi reconhecido por duas vítimas sobreviventes de seus ataques e testemunhas como a pessoa que atirou e usou perucas para tentar não ser identificada. O acessório é a principal característica do assassino nas imagens que flagraram as ações e fez com que a polícia o ligasse às mortes.
MOTIVAÇÃO
Segundo a polícia, Graça buscava vingança após a falência de dois consultórios que abriu na cidade vizinha de São Vicente (65 km de SP), entre 2007 e 2009. Culpava a abertura de um consultório de franquia próximo ao seu pelo fraco movimento de clientes e, por isso, decidiu agir contra a família dona do comércio.
O primeiro crime ocorreu no dia 23 de dezembro de 2014. O empresário Agilson Correa de Carvalho, 54, um dos sócios da rede, foi morto a tiros quando deixava uma unidade em Santos. Ele foi socorrido, mas morreu depois de 72 horas internado. Como não houve tentativa de roubar nada da vítima, a polícia já trabalhava na ocasião com a possibilidade de um homicídio intencional.
Divulgação | ||
O dentista Flávio do Nascimento Graça, acusado de matar três concorrentes em Santos (SP) |
A hipótese de vingança foi reforçada na noite de 15 de julho do ano seguinte, quando outros dois irmãos e sócios de Agilson, Aldacy, 56, e Arnaldo Corrêa de Carvalho, 54, também foram mortos a tiros. Desta vez, um familiar sobreviveu e, depois de se recuperar dos ferimentos, reconheceu uma foto do suspeito.
SEITA
A identidade de Graça foi confirmada em setembro de 2015. Segundo a polícia, ele tentou matar uma ex-funcionária dele, que conseguiu reconhecê-lo, apesar da peruca. A partir daí as investigações focaram somente nele. Em uma busca na casa de Graça foram encontrados livros e materiais para a prática de magia negra.
A família afirmou que ele "se dedicou a uma seita" após fechar os consultórios, se tornou violento e só falava em vingança. O caso ainda continua sendo investigado pela Polícia Civil de Santos.
A defesa dele não foi localizada pela reportagem nesta segunda-feira (16).
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