Economista mata a mulher a facadas após discussão em São Paulo
Reprodução/TV Globo | ||
O economista Chateaubriand Diniz e a bancária Mariana Marcondes |
O economista Chateaubriand Bandeira Diniz Filho, 51, foi preso nesta terça (20) sob suspeita de ter matado a mulher, a bancária Mariana Marcondes, 43, a facadas, durante briga por ciúmes devido a supostas mensagens de WhatsApp.
O assassinato ocorreu na noite de sábado (17), em um apartamento no Belém (zona leste). Segundo a polícia, os filhos do casal, um menino de 6 anos e uma menina de 9 anos, presenciaram a discussão e viram a mãe morta.
O suspeito alega legítima defesa. Segundo o seu advogado, Alexandre de Sá Domingues, após um churrasco no prédio, a mulher mandou uma mensagem para outro homem pelo celular de Diniz Filho. Após discussão, ele a esfaqueou algumas vezes. Viajou com os dois filhos do casal para o Rio, onde os deixou com a avó paterna.
As mensagens enviadas foram apagadas pelo suspeito, diz Domingues. A polícia não falou sobre a motivação do crime, mas afirmou que fará perícia no telefone.
O corpo da bancária só foi achado na tarde de segunda (19) após o irmão dela ligar para a PM. Diniz Filho se apresentou nesta terça, no início da tarde, à Polícia Civil. A Justiça decretou sua prisão temporária à noite.
Danilo Verpa/Folhapress | ||
Supostamente, mensagens de WhatsApp motivaram o crime |
A bancária estava caída no corredor do apartamento, com ferimentos de faca na barriga e sangue na cabeça. Ao lado de seu corpo havia um toco de vela queimada –deixada pelo marido para velar o corpo, segundo polícia e advogado.
Havia manchas de sangue pela sala. Vizinhos relatam ter ouvido uma discussão do casal no sábado à noite. Contaram que o suspeito chegou a xingar a mulher. Imagens de câmeras de segurança mostram o acusado saindo com malas e as crianças do prédio na noite de sábado.
HISTÓRICO
A bancária já tinha registrado dois boletins de ocorrência contra o economista por agressão. Em um dos processos, ele foi condenado a 2 anos de prisão em regime aberto por tê-la mantido em cárcere privado.
Segundo a polícia, o casamento dos dois era conturbado e familiares da vítima alegaram que ele bebia demais, o que ocasionava discussões –a defesa dele nega.
Em 2014, os dois se separaram e Mariana saiu de casa com as crianças. No começo do ano, ela pediu para ele ficar com os filhos porque estava desempregada e precisava cuidar da mãe doente.
Em julho deste ano, a vítima voltou a morar com os filhos e o economista no apartamento. Segundo o advogado, os dois estavam desempregados e ele era sustentado pela família. A bancária também deixa um filho de 18 anos.
OUTRO LADO
O advogado do economista, Alexandre de Sá Domingues, disse que a vítima provocou seu cliente com as mensagens de WhatsApp e, por isso, ele perdeu a cabeça e a matou durante a briga, em legítima defesa.
Para o economista, ela fez isso porque queria ficar com o apartamento. Segundo o advogado, ele contou que, durante a discussão, ela foi para o quarto e apontou uma faca em sua direção e dizia que ele deveria sair da residência.
O economista disse à polícia que ela dava risada enquanto apontava a faca quando ele tentou tirar o objeto dela e cortou a mão. A mulher também teria mordido sua mão quando ele pegou a faca e passou a perfurá-la. O advogado disse que o suspeito não chamou a polícia porque pensou nos filhos e resolveu deixá-los no Rio.
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