Justiça solta policial suspeito de matar publicitária com tiro na cabeça em SP
Edison Temoteo/Futura Press/Folhapress | ||
Carro em que estava a publicitária Maria Cláudia Pedace, morta por policial militar em SP |
O policial militar Guilherme Carvalho de Oliveira, 20, que matou com um tiro na cabeça a publicitária Maria Cláudia Pedace, 33, foi liberado nesta terça-feira (14) após pagamento de fiança de R$ 4.685. O soldado responderá a processo da Corregedoria da Polícia Militar e pode ser expulso da corporação.
A quantia, correspondente a cinco salários mínimos, foi paga pelo pai do PM. Oliveira estava detido no presídio militar Romão Gomes, na Água Fria (zona norte), sob suspeita de homicídio doloso (com intenção de matar).
O crime aconteceu na madrugada do último domingo (12), em um posto de combustíveis na Vila Ré (zona leste).
Segundo a polícia, o namorado de Maria Cláudia, que dirigia o carro em que o casal estava, atingiu uma mulher ao dar ré. Ela teve ferimentos leves. Ainda de acordo com a polícia, essa mulher chamou seus amigos, incluindo o PM de folga, que estava no local.
Imagens das câmeras de segurança do posto, divulgadas pelo "SPTV", da TV Globo, mostram quando a mulher é atingida pelo carro do namorado de Maria Cláudia. Logo depois, várias pessoas correm em direção ao veículo. Uma delas é o PM.
Segundo a polícia, ele atirou quando o carro deixava o posto. O tiro atingiu a cabeça da publicitária. A filha da vítima, de três anos, estava sentada no banco de trás.
O policial fugiu e entregou-se à polícia no mesmo dia. Em depoimento, ele disse que o tiro foi acidental. O caso foi registrado no 10º DP, na Penha (zona leste).
Em audiência de custódia realizada nesta terça, a Justiça determinou a fiança e liberou o PM após o pagamento.
De acordo com o "SPTV", o juiz Fernando Oliveira Camargo disse que os fatos são graves e deverão ser apurados de forma completa.
No entanto, ele afirmou que Oliveira não tem antecedentes criminais, é policial militar e "sua liberdade não coloca em risco a sociedade".
Ele ainda aponta que a "inexperiência, a falta de preparo, eventual disparo acidental ou até o seu ato por emoção em razão de sua amizade para com a vítima de atropelamento, não deságuam na necessidade de manutenção de sua custódia".
A Secretaria da Segurança Pública, sob a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), informou que a Corregedoria da Polícia Militar instaurou processo administrativo que pode resultar na expulsão do policial da corporação.
Por enquanto, Oliveira deve ficar afastado das ruas.
Reprodução | ||
Maria Cláudia Pedace, 33, morta por tiro de policial militar em SP |
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