Força Nacional chega ao Rio com 300 homens após aumento da violência
Ricardo Moraes/Reuters | ||
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Diante do agravamento da violência no Rio de Janeiro, a Força Nacional chegou nesta terça-feira (9) com uma tropa de 300 homens –equivalente a 0,65% do efetivo da Polícia Militar fluminense.
As tropas chegaram durante a tarde ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar, em Sulacap, zona oeste da cidade. A unidade servirá como base para a Força Nacional em seu tempo no Rio.
Segundo o ministério da Justiça, os detalhes para emprego do novo efetivo estão sendo definidos em conjunto entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Seseg (Secretaria de Estado da Segurança) do Rio de Janeiro.
Em nota, a Seseg disse que, por razão estratégica, o detalhamento da atuação das Forças vem sendo feito de forma reservada, "mas prioriza o controle dos índices de criminalidade e a atuação qualificada e integrada das polícias, reforçando as diretrizes de preservação da vida e dignidade humana".
Violência |
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Os 300 homens vão se somar aos 125 que já estão na capital desde dezembro, reforçando a segurança do Palácio Guanabara, sede do governo, e da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) –atuam, por exemplo, em protestos de servidores contra cortes de Orçamento por parte do Estado.
O ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou a prorrogação do emprego da Força Nacional por 90 dias, a contar desta terça. O prazo poderá ser prorrogado.
Os ministérios da Defesa e da Justiça, junto com a secretaria de Segurança do Rio, dizem estar elaborando um plano de segurança para o Estado.
Em evento no Rio nesta segunda, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o foco do plano será inteligência. "Precisamos saber onde está o comando do crime e agir cirurgicamente."
Ele disse que o socorro federal à segurança pública do Rio custa caro, e que não se pode gastar "em coisas que não são efetivas", citando como exemplo a ocupação do Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte da capital. As Forças Armadas ficaram lá por 14 meses, até junho de 2015, mas o tráfico continua presente até hoje. "Quando saímos, o estado não entrou com um conjunto de serviços. O que aconteceu foi que aquilo [o tráfico] voltou."
O ministro está na Colômbia nesta terça (9), onde se reúne com representantes locais da área de segurança para falar sobre questões ligadas à fronteira, como tráfico de armas. Há a preocupação de que, com a desmobilização das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país vizinho, as armas usadas pelos ex-guerrilheiros acabem vindo para o Brasil.
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