Rota faz megaoperação com 300 homens em todas as regiões de SP
O grupamento da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, realiza nesta quarta (23) uma megaoperação na capital paulista com 86 equipes, cerca de 300 homens, em todas as regiões da cidade.
Para o comandante do grupo, o tenente-coronel Ricardo Nascimento de Mello Araújo, 46, essa pode ser a maior operação já realizada por eles. "Talvez nunca tenham sido colocado tantas viaturas ao mesmo tempo nas ruas", disse o policial à Folha.
Batizada de Tolerância Zero, a megaoperação está sendo realizada simultaneamente em todas as regiões da cidade e, em especial, em cinco favelas. Araújo diz que as ações nas comunidades tem como objetivo evitar o domínio de criminosos, como ocorre em outros regiões do país, e são realizadas uma vez por semana.
A operação desta quarta tem como alvo possíveis pontos de tráfico de drogas, com endereços obtidos pelo setor de inteligência da Rota por meio de denúncias anônimas. De acordo com resultado parcial divulgado pela polícia, 22 pessoas foram presas e três adolescentes apreendidas em 20 ocorrências ocorrências registradas até o começo da noite.
Mais de 75 quilos de drogas, entre maconha, cocaína e crack, foram apreendidos.
Antes de os homens e mulheres da Rota saírem em operação, o comando do batalhão prestou homenagem a um policial militar vítima de latrocínio (roubo seguido de morte)
O sargento aposentado Isaías de Jesus Nascimento, 52, morreu no último dia 10 de agosto, após mais de oito meses internado. Ele foi atacado por criminosos armados no dia 24 de novembro de 2016, quando deixava uma agência bancária no Taboão da Serra, na Grande SP. Mesmo aposentado em 2013, o PM continuava prestando serviços de segurança para um cartório de registro civil.
A viúva e duas filhas do sargento, uma delas de 6 anos, compareceram ao quartel da Rota, na região central de São Paulo, onde o sargento trabalhou por 20 anos consecutivos –até se aposentar. Eles receberam as homenagens diante da tropa.
"Eles [da Rota] nunca nos abandonaram em nenhum momento. Tudo o que nós precisamos, eles estavam sempre lá para nos ajudar", disse Claudineia de Jesus Ferreira, 45, a viúva. "Essa é uma família que nosso país nos deixou", disse a filha Fernanda, 26.
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