Motoristas decidem se greve de ônibus continua em Ribeirão Preto
Os motoristas do transporte coletivo de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) realizam a partir das 5h desta terça-feira (4) uma assembleia para decidir se aceitam reajuste de 9%, oferecido pelas empresas do setor, e encerram a greve.
Nesta segunda-feira (3), representantes do consórcio Pró-Urbano --que reúne as empresas permissionárias do serviço--, sindicato dos trabalhadores e da prefeitura, incluindo a prefeita Dárcy Vera (PSD), realizaram uma reunião sobre a greve.
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Também nesta segunda, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que pelo menos metade da frota de veículos circule normalmente durante a paralisação.
Com isso, se a greve for mantida, 173 ônibus deverão atender as 117 linhas de Ribeirão --a frota na cidade é de 346 unidades. Em caso de descumprimento, o sindicato dos trabalhadores será multado em R$ 10 mil por dia.
Edson Silva/Folhapress | ||
Ônibus parados na garagem do consórcio Pró-Urbano no primeiro dia da greve dos motoristas em Ribeirão Preto |
O sindicato informou que, se a nova proposta de 9% for acolhida pela categoria na assembleia das 5h, a greve será encerrada e o serviço retomado integralmente.
No caso de a proposta ser rejeitada, os motoristas devem cumprir a ordem judicial e circular com metade dos ônibus.
INÍCIO DA GREVE
A greve dos motoristas foi deflagrada nesta segunda pela manhã após a categoria não entrar em acordo com o consórcio Pró-Urbano. Segundo a prefeitura, a paralisação afetou 120 mil pessoas.
Na semana passada, os empresários ofereceram reajuste salarial de 7,16%, mas o sindicato dos motoristas, que pedem 16%, rejeitou a proposta em assembleia.
Outra reunião foi marcada para a tarde desta terça na sede do TRT, em Campinas, numa tentativa de encerrar a greve.
ALTERNATIVAS
Sem ônibus circulando, as pessoas recorreram a outros tipos de transporte, como mototáxis. Com a alta procura, alguns profissionais cobraram até 300% a mais pelas corridas em Ribeirão.
Por uma corrida do centro até o bairro Ipiranga, na zona norte da cidade, por exemplo, foi cobrado R$ 40 --normalmente, o serviço custa R$ 10.
Já até a avenida Nove de Julho, a corrida não saía por menos de R$ 20. A alegação da categoria é que a grande demanda provocou o aumento temporário dos preços.
(JOÃO ALBERTO PEDRINI)
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