Nos pênaltis, LDU bate Fluminense e conquista a Libertadores
Depois de perder por 3 a 1 no tempo regulamentar e empatar na prorrogação sem gols, a LDU venceu o Fluminense nos pênaltis por 3 a 1 e sagrou-se campeã da Taça Libertadores no estádio do Maracanã, na madrugada desta quinta-feira. Esse é o primeiro título de uma equipe equatoriana na principal competição sul-americana.
Como no jogo de ida em Quito a Liga Deportiva Universitária tinha vencido o Fluminense por 4 a 2, a equipe veio ao Rio e podia perder por dois gols de diferença que levava a decisão para a prorrogação. E foi o que aconteceu.
Na disputa dos pênaltis, o goleiro Cevallos defendeu as cobranças de Conca, Thiago Neves e Washington e assegurou o triunfo equatoriano.
Na Libertadores, a LDU já tinha enfrentado duas vezes o Fluminense na primeira fase. Em Quito, os times tinham empatado por 0 a 0 e, no Rio, a equipe brasileira venceu por 1 a 0. As duas equipes se classificaram, avançaram nos mata-matas, e se encontraram na decisão.
Antes de a LDU chegar à final neste ano, apenas o Barcelona de Guayaquil já havia representado o país em decisões da competição. Em 1990, o clube equatoriano foi derrotado na final pelo Olimpia, do Paraguai. O homônimo do clube catalão foi novamente finalista em 1998, mas caiu diante do Vasco.
Diferentemente do Barcelona de Guayaquil, a LDU conseguiu triunfar no momento decisivo.
A vitória desta noite assegurou a participação no Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado no final do ano.
O Fluminense iniciou a partida no ataque. Como Dodô começou no banco de reservas, Thiago Neves e, principalmente, Cícero atuaram perto de Washington, posicionado próximo da área.
Logo no início da decisão, a equipe carioca vacilou na defesa e viu a LDU abrir o placar, assustando a torcida no Maracanã. Depois de boa jogada de Guerrón, um dos destaques do time, a bola foi cruzada para Bolaños, que chutou firme e não desperdiçou a oportunidade, aos 5min.
Com apoio da torcida que cantava nas arquibancadas, o time brasileiro não se abalou com o gol sofrido. O Fluminense respondeu, e Washington por pouco não empatou o jogo aos 10min.
Superior em campo, a equipe carioca não demorou para igualar o marcador. Thiago Neves driblou o adversário e acertou um forte tiro e fez 1 a 1, aumentando a festa da torcida, aos 11min.
E foi por intermédio de Thiago Neves que a virada chegou aos 28min. Cícero avançou pela esquerda e cruzou. Bem posicionado, Thiago tocou a bola para a meta da equipe equatoriana.
Os dois gols animaram mais os jogadores do Fluminense. Aos 31min, Washington reclamou que foi derrubado na área e queria que o árbitro argentino Héctor Baldassi marcasse o pênalti. No entanto, o juiz entendeu que o lance foi normal.
No intervalo, Renato Gaúcho colocou Dodô no lugar de Ygor e deixou a equipe mais ofensiva. Com a alteração, Cícero passou a atuar no meio-campo e Washington ganhou um novo companheiro no ataque.
A pressão em busca do terceiro gol continuou forte e Dodô acertou a trave de Cevallos, aos 7min. Cinco minutos depois, Thiago Neves voltou a brilhar. Em cobrança de falta, ele marcou o seu terceiro gol no jogo.
O placar de 3 a 1 levava a partida para a prorrogação, e a LDU cresceu na partida. Aos 24min, o time visitante chutou na trave de Fernando Henrique. No final do jogo, o Fluminense intensificou os ataques, mas sem sucesso.
No tempo extra, o jogo ficou equilibrado. Fluminense tentou superar a marcação da LDU pelas alas do campo e com cruzamentos na área. A LDU trocou passes na intermediária e tentou "esfriar" a partida.
Aos 11min do segundo tempo da prorrogação, o atacante Bieler, da LDU, fez de cabeça o gol, mas o juiz errou ao anular o lance com a alegação de impedimento. Três minutos depois, Luiz Alberto foi expulso ao fazer falta e parar um contra-ataque perigoso. A prorrogação acabou 0 a 0 e o titulo foi decidido nos pênaltis.
Nas penalidades, Urrutia, Salas e Guerrón marcaram para a LDU, enquanto que Cícero descontou para o Fluminense. Fernando Henrique pegou a cobrança batida por Campos, mas as três defesas de Cevallos em cima de Conca, Thiago Neves e Washington deram o título da Libertadores para a equipe do Equador, com um triunfo por 3 a 1 nos pênaltis.
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