Scheidt e Prada exaltam parceria e falam em "medalha da superação"
Os velejadores brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada, que conquistaram a medalha de prata da classe star dos Jogos Olímpicos de Pequim, creditaram a conquista ao bom relacionamento da dupla e classificaram o feito como "medalha da superação".
Prada, 37, e Scheidt, 35, são amigos de infância e já falam em manter a parceria até os Jogos de Londres, em 2012. "É um prazer. Somos amigos desde criança, há 25 anos, e temos uma amizade que é importante para uma convivência diária como esta", falou Prada.
Herbert Knosowski/AP |
Os brasileiros Bruno Prada (esq.) e Robert Scheidt recebem a medalha de prata da classe star da vela nos Jogos de Pequim |
"A dupla não pensa apenas nestes Jogos. Queremos que esta seja uma passagem de um processo que dure muitos anos, incluindo Londres. Não sei se foi a medalha mais difícil que conquistei, mas foi a medalha da superação", falou Scheidt.
Os brasileiros iniciaram mal a classe star em Pequim e tiveram que buscar a recuperação. Somente antes da medal race (ragta final) eles chegaram à terceira posição no geral e ficaram em condições reais de disputar medalhas.
Com o feito, Scheidt colecionou sua quarta conquista em Olimpíadas, de forma consecutiva, e a primeira na classe star: já foi ouro em Atenas-2004 e Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000, todas pela classe laser.
"Estou emocionado em trazer uma medalha para o Brasil. A superação foi muito grande. Obrigado por acreditarem em nossa dupla. Nosso objetivo foi cumprido", falou Scheidt.
Com a prata de Scheidt e Prada, a vela voltou a ultrapassar o judô como esporte que mais rendeu medalhas ao Brasil em Olimpíadas. Agora, a vela tem 16 medalhas olímpicas, contra 15 do judô.
A conquista dos brasileiros também deu ao país sua sétima medalha em Pequim, a primeira de prata e a segunda do esporte nos Jogos-2008. Antes, Isabel Swan e Fernanda Oliveira levaram o bronze na classe 470.
Nos outros esportes, os judocas Leandro Guilheiro (categoria até 73 kg), Thiago Camilo (até 81 kg) e Ketleyn Quadros (até 57 kg), além do nadador César Cielo (100 m livre), já haviam ocupado a terceira posição no pódio chinês. O único ouro brasileiro em Pequim foi com Cielo nos 50 m livre.
Confusão
Scheidt e Prada demoraram alguns minutos para saber a cor da medalha que haviam ganhado. Isso porque o site e a transmissão oficial dos Jogos de Pequim chegaram a anunciar os brasileiros como medalhistas de prata, alteraram o resultado para bronze e depois confirmaram Scheidt e Prada na segunda colocação, com 53 pontos perdidos.
A confusão sobre a posição final dos brasileiros aconteceu por conta da colocação dos suecos Fredrik Loof e Anders Ekstrom na medal race. Em um primeiro momento, Loof e Ekstrom apareceram na décima posição, o que daria a prata aos brasileiros.
Depois, os organizadores colocaram a dupla sueca na nona colocação na regata final, deixando Scheidt e Prada com o bronze. Alguns minutos depois, o site oficial e a transmissão confirmaram os suecos em décimo na medal race e os brasileiros com a segunda posição no geral.
A medalha de ouro ficou com os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson, com 45 pontos perdidos. O bronze foi para Loof e Ekstrom, que tiveram a mesma pontuação dos brasileiros (53), mas perderam nos critérios de desempate --o primeiro é a classificação na medal race.
Com a Efe e Lancepress
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