Fifa diz que Valcke não teve peso na escolha do Brasil como sede da Copa
A Fifa admitiu que Jérôme Valcke trabalhou na candidatura brasileira para a Copa. À Folha, a entidade, que tem Valcke como o principal executivo, informou que o francês "auxiliou" os brasileiros.
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Segundo a federação, "é importante notar que Jérôme Valcke não era empregado da Fifa" e que sua participação "se limitou à consultoria para a criação de um caderno de candidatura do país e do encaminhamento para o cumprimento de requerimentos estipulados pela Fifa".
Ueslei Marcelino/Reuters | ||
Ricardo Teixeira toma um café ao lado de Jerome Valcke, durante entrevista, em Brasília, em 2011 |
Até então, nem Valcke e nem Ricardo Teixeira, então líder da campanha brasileira, haviam assumido publicamente a parceria durante o processo de candidatura.
"Não é incomum que pessoas trabalhem em diferentes organizações em momentos diversos, nem no futebol nem mundo dos negócios", informou o comunicado.
Na nota enviada pelo departamento de imprensa, a entidade afirma que, "além disso, o Brasil era o único candidato, e Jérôme não era membro do Comitê-Executivo e não estava envolvido no processo decisório".
Quando Valcke começou a trabalhar para os brasileiros, a Colômbia era candidata. O projeto era encabeçado pelo governo do presidente Álvaro Uribe. O país desistiu da candidatura em abril de 2007.
A Folha enviou seis perguntas para Valcke. O secretário-geral não respondeu a nenhuma. O dirigente não quis responder por quanto tempo trabalhou para o grupo de Teixeira. Ele também se recusou a informar quanto recebeu pelo serviço.
Ricardo Teixeira também preferiu o silêncio. A reportagem tentou entrar em contato por telefone e e-mail com o ex-dirigente, que não respondeu as mensagens.
Teixeira mora em Miami desde março de 2012, quando renunciou ao cargo de presidente da CBF. Ele deixou também o COL.
Fabrice Coffrini - 8.mai.12/France Presse | ||
Jérôme Valcke durante uma entrevista em Zurique, na Suíça |
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