Enfrentar o Barcelona é a chance de mostrar do que é capaz, diz Lucas
Foram pouco mais de três meses e somente 11 jogos desde que deixou o São Paulo. Mas Lucas, 20, assegura que o jogador que vai enfrentar o Barcelona, pelas quartas de final da Copa dos Campeões, não é o mesmo que saiu do Brasil em dezembro após a conquista da Sul-Americana.
O hoje jogador do Paris Saint-Germain conversou por e-mail com a Folha na véspera do seu maior desafio nesta ainda curta jornada pelo futebol europeu.
Franck Fife/AFP | ||
Lucas (dir.) corre em treino do Paris Saint-Germain |
Folha - O quanto o Lucas do PSG é diferente do Lucas que saiu do São Paulo?
Lucas - Dentro de campo, creio que estou evoluindo bastante na disciplina tática, no posicionamento sem a bola e aprendendo a jogar em meio a dificuldades como frio, gramado escorregadio. Fora de campo, estou me enriquecendo culturalmente, morando numa cidade fantástica, onde tenho a possibilidade de conhecer lugares lindos e aprender coisas novas.
E o que falta para assimilar da cultura do futebol europeu? Qual sua maior dificuldade?
Estou jogando no futebol francês há três meses e apesar do pouco tempo estou surpreso com minha adaptação. Mas ainda tenho muito que aprender e evoluir, acredito que as principais dificuldades são a falta de entrosamento com os colegas e o clima do país.
Essa escolha de atuar na Europa é um caminho necessário para que um jogador de alto nível continue evoluindo?
Não generalizo, mas digo que no meu caso está sendo muito importante a experiência de jogar na França para meu amadurecimento profissional.
E o que você acha que vai dar para aprender desses confrontos com o Barcelona?
Podemos aprender muita coisa com os caras que fazem hoje um futebol bonito, dinâmico e eficiente. Imagino que a parte tática é o ponto forte do Barcelona.
O que você sente quando pensa que vai disputar as quartas de final da Copa dos Campeões e enfrentar alguns dos melhores jogadores do mundo?
Sempre acompanhei os jogos do Barcelona, é um time de muita qualidade e tem o melhor jogador do mundo. O Messi é um gênio e sou fã dele. Para mim será maravilhoso enfrentar o Barcelona. Acabei de chegar na Europa e um confronto como esse te dá a chance de mostrar do que é capaz. Estou muito confiante e focado em fazer o meu melhor para ajudar o PSG.
Recentemente, uma declaração sua sobre o Ibrahimovic [disse ao Fox Sports que o sueco é arrogante] repercutiu aqui no Brasil. Afinal, como é o Ibrahimovic do dia a dia? A imagem de um cara difícil de se lidar que ele carrega é real?
Fui mal interpretado nesta entrevista. O que eu disse é que o Ibra é um jogador que reclama, briga, xinga dentro de campo. Isso é normal no futebol, um atacante que quer vencer e ajudar sua equipe. Não falei nenhuma mentira. Mas o Ibra é um cara que sempre me tratou muito bem aqui no PSG, conversamos bastante e nos damos muito bem. É uma pessoa muito gente boa no dia a dia. Ele tem esse jeitão, mas a gente se dá bem.
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