Gandulas têm que driblar torcedores e placas de publicidade na final na Vila
Gandulas só repõem a bola, certo? Nada disso. Na final entre Santos e Corinthians, às 16h de domingo, na Vila Belmiro, elas passarão boa parte do tempo driblando torcedores e placas de anunciantes.
No estádio do último jogo do Campeonato Paulista de 2013, as meninas vão ficar agachadas sempre que as jogadas estiverem próximas ao seu raio de ação, à beira da linha lateral. O esforço extra é para não tirar a visão do público nos camarotes térreos.
A (FPF) Federação Paulista de Futebol orienta o deslocamento das gandulas em pé apenas quando há a necessidade da devolução da bola ou ainda se a mesma estiver em jogo, porém, em um local mais distante.
As dimensões da Vila Belmiro forçam o posicionamento das garotas à frente das publicidades estáticas, em virtude da separação mínima entre o gramado e a área nobre. Nesse caso, a recomendação é para elas fiquem em trechos mínimos entre uma placa e outra, sem cobrir as propagandas.
Cerca de 50 moças trabalham para a FPF como gandulas desde o início das retas finais das competições estaduais. Elas têm entre 18 e 30 anos.
Todas as garotas receberam livros com as regras do jogo. Passaram por simulações de campo em atividades das categorias de base no Nacional, clube da quarta divisão estadual.
Pesam a favor para as escalas aquelas que não se recusam às longas viagens e ainda se portarem, antes, durante e após as partidas, com discrição (devem evitar entrevistas). Entre as garotas, há irmãs e mulheres de árbitros.
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