Pelé diz que Neymar não precisa ir para o exterior para melhorar seu futebol
O maior ídolo da história do Santos não esconde o que pensa sobre o futuro de Neymar, astro atual do clube.
"Se eu pudesse, eu mesmo pagaria e deixaria ele aqui."
O rei do futebol participou ontem de um evento em Santos, onde será construído um museu em sua homenagem.
Teve pouca chance de falar sobre o futuro local. O futuro de Neymar acabou roubando todas as atenções.
Pelé usou sua história para defender a permanência do craque no Santos. Argumentou que ele não precisa ir para o exterior para melhorar seu futebol, mas precisa de um time forte.
"Jogam muita responsabilidade nele. Quando o Pelé jogava tinha o Pepe, o Zito, o Pagão, o Coutinho. Era uma equipe. Há pouco tempo disse que o Corinthians estava bem porque tem um time. Não tem um Neymar, mas tem um conjunto", disse o rei.
O discurso de Pelé, que culpa empresários pela pressa em tirar o craque do Brasil, é diferente do do Santos, que admite negociar Neymar.
O clube já recusou duas ofertas do Barcelona. Detentor de 55% dos direitos econômicos de Neymar, o Santos tem expectativa de que com a Copa das Confederações novas propostas devem surgir.
"Conselho, se fosse bom, a gente vendia, não dava. Mas, pela minha experiência, eu recomendo que ele jogue futebol, não entre nisso de em que time irá jogar", disse o rei, que sugere ao Santos uma reflexão sobre a venda.
"O Santos é o formador. Quando forma um time de garotos, como fez com Pelé, Pepe, Coutinho, não gasta dinheiro. Mas a diretoria tem de ver. É o momento de tranquilidade. Pensar nas dividas, como fica o clube."
A voz de Pelé quase não ecoa neste caso. Outros ídolos do Santos, como Pepe, Coutinho, Clodoaldo e Edu, admitem torcer pela permanência de Neymar, mas apontam que é a hora de ele sair.
O argumento principal é o de que o clube precisa do dinheiro da negociação para melhorar a equipe, e que Neymar também precisa expandir seu futebol em prol da seleção brasileira.
O contratado do atacante vai até 13 de julho de 2014. DIS e Teisa detêm 40% e 5%, respectivamente, dos direitos econômicos dele. A seis meses do fim do acordo, Neymar poderá assinar pré-contrato com qualquer outra equipe sem retorno aos investidores.
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