Ali inspira Anderson Silva e rival por cinturão no UFC
Anderson Silva põe em jogo hoje, em Las Vegas, o cinturão dos médios do UFC contra Chris Weidman. O americano planeja replicar o feito do boxeador Leon Spinks que, em 78, com sete lutas no cartel, tomou o título de Muhammad Ali, ídolo do brasileiro.
"Tudo é questão de confiar e acreditar na vitória. Eu posso chocar o mundo como ele [Leon] chocou na época, e estou muito animado com isso. É uma grande oportunidade de fazer o que ele fez", comparou Weidman à Folha.
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Os paralelos entre os quatro personagens são óbvios.
O campeão, Anderson, 38, tem 33 vitórias e quatro derrotas. Está invicto no UFC com 17 vitórias. É considerado o melhor lutador de MMA.
Reprodução/Twitter | ||
Anderson Silva e Chris Weidman posam para fotos na coletiva de imprensa do UFC 162, em Las Vegas |
Ali, à época de seu combate com Spinks, aos 36 anos, era um mito. Em 57 lutas, o então campeão dos pesados havia enfrentado e batido os melhores da categoria.
Não é segredo que Anderson tem Ali como ídolo e chega a assistir teipes do americano antes de seus combates e até assimila algumas das técnicas do norte-americano.
Weidman, 29, tem só nove lutas no cartel, fato salientado por Anderson, quando comentou antes de a luta ser oficializada que "Weidman ainda precisa fazer sua história".
"Ele acabou de chegar", afirmou mais recentemente.
Ao desafiar Ali, Leon, então com 24 anos, tinha menos lutas que Weidman: sete (e uma delas fora um empate).
Mas não importou. Em uma das grandes zebras do boxe, coincidentemente também em Las Vegas, Leon bateu Ali em 15 assaltos para tomar o seu cinturão mundial.
Apesar da pouca experiência, uma série de resultados inesperados pôs Weidman frente a frente com Anderson.
O favorito para receber a oportunidade para pegar Anderson até o início do ano era o inglês Michael Bisping. Bastaria para isso bater Vitor Belfort, mas perdeu para o brasileiro no UFC de São Paulo.
O ex-campeão Rashad Evans também foi sondado --ele desceria de peso para pegar Anderson--, mas uma derrota para Rogério "Minotouro" o tirou do caminho do campeão dos pesos médios.
Esse cenário ajudou o invicto Weidman, que tem histórico e títulos na luta greco-romana e jiu-jítsu, a galgar posições, chegar a primeiro do ranking dos médios do UFC e ganhar a sua chance.
Segundo a Folha apurou, Dana White, presidente do UFC, e Joe Silva, responsável por organizar os combates, consideraram, além do potencial de cada atleta, o histórico dos lutadores --número de vitórias e qualidade do desafiantes vencidos-- para oferecer-lhes contratos.
"Ele [Weidman] tem um histórico na luta greco-romana e no jiu-jítsu, merecia a oportunidade", afirma Rogério Camões, preparador físico de Anderson.
NA TV
Card preliminar do UFC 162
20h SporTV 2
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