Governador do Rio vê 'aspecto jurídico difícil' na concessão do Maracanã
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou na segunda-feira (5) que vê dificuldades jurídicas para a manutenção da concessão do Maracanã após decidir suspender a demolição de três equipamentos no seu entorno.
Em entrevista veiculada pelo telejornal "SBT Rio", o governador apontou que não acredita que o novo modelo seja economicamente viável para o consórcio Complexo Maracanã Entretenimento S.A. A empresa afirmou que ainda estuda formas de manter a gestão do estádio.
"Eles têm 20 dias para dizer se fica de pé o contrato. Eu acho que não fica. Há um aspecto jurídico também difícil de ser mantido", disse Cabral na entrevista.
O governador anunciou nos últimos dias a decisão de não demolir o parque aquático Julio Delamare, o estádio de atletismo Célio de Barros e a escola municipal Friedenreich. O Diário Oficial desta segunda-feira oficializa a determinação em relação aos dois primeiros equipamentos.
Cabral revela na frase uma discussão que ocorre dentro do governo. Para alguns, as mudanças ocorridas no projeto anula a licitação feita para a gestão do estádio.
O consórcio se comprometeu a investir R$ 594 milhões em obras e pagar R$ 5,5 milhões anuais em outorga. Sem as demolições e construções de novos equipamentos que os substituiriam, as condições de disputa se alteram completamente.
O Ministério Público, que tem ação anterior aos recuos pedindo a anulação da concessão, ainda acompanha as decisões do governo para depois decidir o encaminhamento a ser dado.
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