Lucas nega medo de ir para o banco por elenco milionário do PSG
O meia-atacante brasileiro Lucas afirmou que não teme que os altos investimentos feitos pelo Paris Saint-Germain acabem fazendo com que ele perca espaço na equipe titular.
O campeão francês é o terceiro clube da Europa que mais investiu em reforços na temporada. Os € 110,9 milhões (quase R$ 340 milhões) gastos nos últimos dois meses levaram ao time o zagueiro brasileiro Marquinhos (ex-Corinthians e Roma), o lateral esquerdo Lucas Digné e o astro uruguaio Edison Cavani, que deixou o Napoli.
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Em entrevista concedida à Folha antes da estreia no Francês, hoje, contra o Montpellier, o jogador lamenta a saída de Leonardo do clube e também o momento ruim vivido pelo São Paulo, clube que defendia até o ano passado.
Folha - Essa será sua primeira temporada completa na Europa. Qual a avaliação que você faz da sua passagem pela França até agora e qual a expectativa para o próximo ano?
Lucas - Estou muito feliz aqui. Com quatro meses, já conquistei um título [Campeonato Francês], os brasileiros que jogam aqui me ajudaram muito. Agora estou ainda mais por começar uma temporada do início. Vou estar mais entrosado com o grupo e o clube está se reforçando ainda mais. Quero ganhar títulos.
O Monaco subiu agora para a primeira divisão, foi o clube da Europa que mais gastou nesta janela de transferências e surge como o maior adversário do PSG na França. Já dá para sentir um clima de rivalidade entre os dois times?
Ainda não. Não sinto isso nem aqui dentro e nem com os torcedores. Mas a gente sabe que eles viraram uma grande força. Acho isso bom, deixa o campeonato mais disputado. Quanto mais times de qualidade, temos mais jogos fortes para nos testar.
Então, a falta de adversários de primeiro escalão dentro da França prejudicou o PSG na temporada passada?
Na verdade, nunca pensei nisso. Mas é claro que enfrentar um time que tem investimento maior deixa o duelo mais gostoso, mais esperado. Aumenta a expectativa para o jogo.
O PSG aumentou sua força ofensiva com a chegada de Cavani. Teme que essa busca desenfreada por reforços tire seu espaço do time titular?
Não, de maneira alguma. Quanto mais jogadores no elenco, fica melhor. É isso que nos motiva a dar o melhor nos treinos, nos jogos. É ter que mostrar serviço para ficar no time. Assim é bom, ninguém fica insubstituível.
A saída do Leonardo do cargo de diretor esportivo do PSG vai atrapalhar a vida dos brasileiros do clube?
Eu fiquei muito triste com essa notícia. Foi ele que me convenceu a vir para cá, que negociou comigo. Infelizmente futebol tem dessas coisas. Ele teve um problema com a federação da França, tomou uma suspensão [até junho de 2014, por empurrar um árbitro na temporada passada]. É ruim porque Leonardo estava sempre nos incentivando.
E essa situação ruim do São Paulo? É algo que ainda te chateia e preocupa?
Fico muito chateado com esse momento negativo. Mas todo time grande passa por isso. O importante é que o São Paulo é um clube grande, com estrutura, vai se levantar. O campeonato ainda está no começo. Não acredito no rebaixamento pela estrutura que o clube tem.
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