Jogadores de futebol americano vão receber R$ 1,8 bi por causa de demência
A NFL (a liga de futebol americano dos Estados Unidos) concordou em pagar US$ 765 milhões (R$ 1,8 bilhão) para acabar com uma ação movida por mais de 4.500 ex-jogadores com demência avançada e outros problemas, disse nesta quinta-feira a juíza federal Anita B.Brody.
Esses ex-jogadores acreditam que os seus problemas neurológicos decorrem de contusões ocorridas em campo. Os advogados acusaram a liga de esconder os já conhecidos riscos de concussões ao longo da década pelo retorno dos jogadores aos jogos e para proteger a sua imagem.
Segundo Anita, Layn Phillips, o mediador do processo nomeado pelo tribunal, disse que esse dinheiro seria usado para exames médicos, compensação em casos de concussões e um programa médico para ex-jogadores e suas famílias. O acordo ainda precisa ser aprovado pela Justiça.
As famílias de jogadores que alegaram concussões por causa dos jogos e morreram também terão direito a receber uma quantia do dinheiro, como no caso do ex-defensor Junior Seau, que cometeu suicídio no ano passado ao atirar contra o próprio peito.
Seu cérebro foi analisado depois de sua morte e ele foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica, enfermidade que tem como causa os repetidos golpes que o atleta sofreu em sua carreira.
Durante o processo, a NFL negou que enganou os jogadores sobre as lesões na cabeça e que se baseou no melhor conhecimento científico disponível para criar as suas políticas sobre concussão. A liga argumentou ainda que a disputa deve ser regida pelos acordos coletivos de trabalho firmados pela entidade e seu sindicato de jogadores e não pelos tribunais.
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