Mostra Internacional de Cinema de São Paulo tem quatro opções esportivas a partir de hoje
Um árbitro envolvido em escândalo de corrupção, um jovem senegalês enganado por um empresário, um garoto que sonha em se tornar ciclista e a mais tradicional corrida de rua do Brasil formam o interessante mosaico esportivo da 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa hoje na capital.
Em tom de ópera-bufa e recheado de personagens farsescos, o italiano "O Árbitro" trata de um assunto bem conhecido no Calcio, a manipulação de resultados. O longa conta a trajetória do Atlético Pabarile, pior time da terceira divisão da Sardenha.
Porém, a história de humilhações sofridas pela equipe pode mudar quando um craque chega à agremiação.
Prestes a disputar uma partida histórica, a cidade recebe também um juiz (Stefano Accorsi), suspeito de corrupção nas divisões superiores.
Em preto e branco, o primeiro longa do diretor Paolo Zucca é na verdade uma ideia esticada de um curta homônimo de 2009.
Ainda no lado B do futebol, o francês "Como um Leão", de Samuel Collardey, toca num assunto bem comum aos países exportadores de talento barato, como sul-americanos e africanos.
No drama, um adolescente senegalês chama a atenção de um olheiro em um torneio em sua aldeia. Após sua avó ser convencida a vender tudo o que tem para bancar a viagem do rapaz, ele vai para a França, onde descobre que foi vítima de um golpe. Sem dinheiro, mas com alguma petulância, o rapaz consegue a ajuda de um técnico de um time amador e ex-jogador.
E não é só nas eliminatórias da Copa que a Bélgica tem surpreendido. Na Mostra, um dos bons exemplares da produção recente do país é o sensível "Vai, Eddy!", de Gert Embrechts.
A trama se passa nos anos 70, numa pequena cidade que vibra com os feitos do ciclista (real) Eddy Merckx, pentacampeão da Volta da França (sem doping).
Seus feitos inspiram o pequeno Freddy, filho do açougueiro que tem problemas de sociabilidade. Quando o açougue promove uma corrida de bicicleta para iniciantes, cujo prêmio é um encontro com Merckx, o menino se empolga e sai da toca.
Já a brasileira Lina Chamie surpreende com o documentário "São Silvestre".
No lugar de enfadonhas entrevistas, a diretora apenas acompanha a trajetória da tradicional corrida, respirando os sons, as cores, e tudo o que a capital paulista tem de belo e feio. Por isso, "São Silvestre" é uma escolha acertada para abrir a programação do Vão Livre do Masp, na próxima segunda, às 19h30 --leia a agenda esportiva ao lado.
Divulgação | ||
Cena do documentário "São Silvestre", experiência sensorial que abre a programação no Vão Livre do Masp, no dia 21 |
Livraria da Folha
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