Rebaixado, Náutico reclama de jogar em casa com gramado bom
Rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro com seis rodadas de antecedência, o Náutico virou presa fácil para os seus rivais em sua nova casa, a Arena Pernambuco, neste Campeonato Brasileiro.
Das 14 partidas em que jogou no estádio que será sede da Copa do Mundo de 2014, o clube pernambucano teve duas vitórias, dois empates e dez derrotas. Conquistou apenas oito dos 42 pontos disputados como mandante --aproveitamento de apenas 19%.
Antes de mudar de casa, o Náutico tinha os Aflitos como seu aliado. No Brasileiro de 2012, no seu retorno à elite do futebol nacional, a equipe teve um aproveitamento de 73% --foram 13 vitórias, três empates e três derrotas.
"A Arena Pernambuco é um estádio extraordinário para o torcedor, muito bom para assistir ao jogo, mas para nós que fazemos o futebol não ajudou", disse o presidente do Náutico, Paulo Wanderley, em entrevista para a Folha.
A Arena tem capacidade para 46 mil torcedores, enquanto a casa antiga do time comporta 22 mil pessoas.
"O gramado é muito superior ao dos Aflitos. Com isso as condições para quem tem um elenco superior são igualadas".
Rubens Chiri-3.set.2013/Divulgação/saopaulofc.net | ||
Rogério Ceni chuta a bola durante Náutico x São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro |
O clube pernambucano assinou um contrato com o consórcio da Arena em 2011 para mandar todos os seus jogos depois da disputa da Copa das Confederações, que aconteceu em junho deste ano. O acordo prevê uma receita mensal e um investimento para melhorias nas instalações do centro de treinamento da equipe.
Nem mesmo o fato de jogar em um estádio preparado para uma Copa foi capaz de animar os torcedores. O clube viu a média de público cair neste campeonato em relação ao último: de 14 mil em 2012, tem agora 12,3 mil pagantes por partida.
A Arena Pernambuco está localizada em São Lourenço da Mata (20 km de Recife), enquanto os Aflitos está numa área urbana da cidade.
Além do desempenho como mandante, o presidente afirmou que outros erros foram cometidos durante a temporada. Na sua opinião, a saída do técnico Gallo foi um dos fatores fundamentais para o baixo rendimento do time no Brasileiro.
Gallo deixou o Náutico em janeiro após receber um convite para dirigir as categorias de base da seleção brasileira. Além do ex-volante, outros seis treinadores comandaram o clube no ano: Vágner Mancini, Silas, Zé Teodoro, Jorginho, Levi Gomes e Marcelo Martelotte.
"A perda do Gallo foi irreparável. Os jogadores chegaram e não renderam com os outros treinadores. Cada técnico que chegou pediu um jogador com uma característica diferente. Neste ano, gastamos muito mais e estamos nesta situação", explicou.
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