Ásia e África decidem campeões e 2 últimas vagas do Mundial de Clubes
Serão conhecidos neste fim de semana os campeões da Ásia e da África, que ficarão com as duas últimas vagas no Mundial de Clubes, em dezembro, em Marrocos.
Guangzhou Evergrande, da China, e Seul, da Coreia do Sul, disputam o segundo jogo da final da Liga dos Campeões da Ásia neste sábado, às 10h de Brasília. Orlando Pirates, da África do Sul, e Al Ahly, do Egito, duelam domingo, às 14h, no desfecho da versão africana do torneio.
- Melhor jogador da Alemanha passa por cirurgia e pode perder o Mundial de Clubes
- Leia mais sobre futebol internacional
No Mundial, os representantes da Ásia e da África se enfrentarão. O classificado terá pela frente o Bayern de Munique na semifinal.
Na outra chave do mata-mata, o Atlético Mineiro aguarda seu adversário por um lugar na decisão: Raja Casablanca, de Marrocos, Auckland, da Nova Zelândia, ou Monterrey, do México.
Xinhua-26.out.2013/Liu Dawei | ||
Muriqui (à direita), artilheiro da Liga dos Campeões da Ásia com 13 gols, tenta passar pelo lateral direito Ko Yo-Han, do Seul |
Em casa, o time chinês depende de empates sem gols ou por 1 a 1, pois, como visitante, conseguiu o placar de 2 a 2 diante de 55,5 mil espectadores na capital sul-coreana. A repetição do resultado motiva uma prorrogação e, se necessária, uma disputa de pênaltis.
O jogo no Egito terá as duas torcidas na arquibancada, algo pouco comum desde as turbulências decorrentes da Primavera Árabe. Em Johannesburgo, os sul-africanos arrancaram a igualdade por 1 a 1 no último minuto. Placar zerado beneficia o Al Ahly.
ÁSIA
Os asiáticos celebrarão um campeão inédito.
Para ser o segundo clube da China a conquistar a competição, o Guangzhou aposta no meia argentino Darío Conca, ídolo no Fluminense, e nos atacantes Muriqui, ex-Vasco, e Elkeson, ex-Botafogo.
Eles são comandados por Marcello Lippi, 65, vencedor da Copa do Mundo de 2006, com a Itália, e da Liga dos Campeões da Europa de 1996, com a Juventus, além de cinco campeonatos italianos.
"Estamos falando de um treinador extraordinário, que acrescentou muito ao time e que fez o grupo desenvolver um futebol rápido e eficiente", afirmou Conca.
Os estrangeiros do Seul são o lateral esquerdo brasileiro Adilson, 37, ex-Paraná, o meia colombiano Molina, ex-Santos, os atacantes Sergio Escudero, argentino, e Damjanovic, da seleção de Montenegro.
Jung Yeon-Je - 7.mar.12/France Presse |
O meia argentino Conca comemora gol pelo Guangzhou |
Nas semifinais, a equipe chinesa eliminou o Kashiwa Reysol, do Japão, com goleadas por 4 a 1 e 4 a 0. Já vinha atropelando os adversários no mata-mata, com quatro vitórias sobre Central Coast Mariners, da Austrália, e Lekhwiya, do Qatar.
O Seul passou por Esteghal, do Irã, Beijing Guoan, da China, e Al Ahli, da Arábia Saudita, sempre com uma vitória em casa e um empate como visitante.
Os clubes da Coreia do Sul possuem 10 dos 31 títulos asiáticos. Os japoneses têm cinco. A Arábia Saudita, quatro. Irã e Israel, três, cada um. Qatar e Tailândia, dois. China e Emirados Árabes Unidos, um.
As equipes chinesas levaram a taça somente em 1990, com o Liaoning. O maior vencedor é o sul-coreano Pohang Steelers, dono de três conquistas.
"Vejo nas ruas e nos noticiários a mobilização que os chineses estão fazendo para se prepararem para esta grande final. Estou na expectativa para que nosso time faça uma ótima partida. Acredito que o Seul vai jogar mais fechado, explorando o contra-ataque, repetindo o que fizeram na primeira partida", disse Elkeson.
Campeão chinês por antecedência, o Guangzhou terminou a competição com 18 pontos a mais do que o vice-líder Shandong Luneng.
ÁFRICA
Atual vencedor, o Al Ahly é recordista com sete conquistas da Liga dos Campeões da África. Seu arquirrival Zamalek é o mais próximo perseguidor, com cinco. O congolês Mazembe soma quatro.
O meia-atacante Aboutrika, o zagueiro Gomaa, o lateral direito Fathy e o goleiro Ekramy são os veteranos egípcios de sucessos anteriores.
Os clubes do Egito detêm 13 dos 48 títulos. Camarões, Marrocos e República Democrática do Congo possuem cinco, cada um.
O Orlando Pirates arrebatou o único troféu para os sul-africanos. Foi como visitante após empate em casa, exatamente da maneira que pode ser agora. Bateu o Asec Mimosas por 1 a 0 na Costa do Marfim, em 1995.
Domingo, o técnico Roger de Sá, nascido em Moçambique, não terá à sua disposição o lateral direito Happy Jele e o meio-campista Andile Jali, suspensos.
A dupla de finalistas já se enfrentou na fase de grupos, que antecedeu a semifinal. Após 0 a 0 em Johannesburgo, em agosto o time da África do Sul venceu por 3 a 0 na turística El Gouna, mas, desta vez, terá que ir à capital Cairo.
Para chegar à decisão, o Orlando Pirates passou pelo Espérance, da Tunísia, com dois empates e vantagem no gol fora de casa. A equipe egípcia superou o Cotonsport Garoua, de Camarões, na disputa por pênaltis.
Siphiwe Sibeko-2.nov.2013/REUTERS | ||
O árbitro argelino Haimoudi Djamel separa jogadores de Orlando Pirates (à esquerda) e Al Ahly, em Soweto |
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade