Paulistas têm pior momento no Brasileiro desde 1988
Na última vez que os paulistas foram tão mal no Campeonato Brasileiro, Cilinho era técnico do São Paulo. Neto estava no Palmeiras e não havia sido contratado pelo Corinthians. O camisa 10 do Santos era o hoje esquecido Marco Antônio Cipó.
Isso era 1988. De lá para cá, sempre houve um paulista no G4 do Brasileiro. Até este ano.
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Os dirigentes tentam encontrar explicações. Nem sempre aceitas por jogadores que passaram pelas quatro grandes equipes do estado.
"Santos e São Paulo fizeram contratações que não deram certo. O Corinthians se acomodou. Achou que poderia arrancar para o título quando quisesse", acredita o comentarista Muller, do canal SporTV.
Como atacante, atuou por Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.
Ele faz parte de grupo em que também estão Antonio Carlos Zago, Neto e César Sampaio. Jogaram pelos quatro grandes do estado. Ouvidos pela Folha, adotaram tom de crítica.
"O Corinthians achou que ganhar o Mundial era o bastante. E como dizer que não era? Mas, ao mesmo tempo, era preciso ver que a equipe precisava de renovação. Tinha de trocar algumas peças", disse Zago, ex-zagueiro e hoje auxiliar do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
A saída que restou para o futebol paulista ter um representante na Libertadores em 2014 é a Copa Sul-Americana. Uma competição que, até alguns anos atrás, era solenemente desprezada.
Ponte Preta e São Paulo decidem, amanhã, uma vaga na final. O campeão se garante no principal torneio continental no próximo ano. Em penúltimo no Campeonato Brasileiro, o time de Campinas está à beira do rebaixamento. Risco que ainda ronda a Portuguesa.
"Corinthians, Santos e São Paulo cometeram erros dos mais variados. Não dá para acreditar que o Pato não é titular do Corinthians, por exemplo", defende Neto, hoje comentarista da Band.
BASE MONTADA
A defesa dos cartolas é o futuro. Eles falam em base formada para a próxima temporada. Ao mesmo tempo, reconhecem que algumas contratações não deram certo.
"Estamos pagando pelo primeiro semestre, que foi ruim. Algumas das nossas apostas não deram o resultado esperado", afirma o vice de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.
O Santos ainda tem uma explicação a mais: a venda de Neymar. "Mesmo assim, temos base montada para 2014. Este ano foi de transição", defende o presidente santista, Odílio Rodrigues. Se vencer nas duas rodadas finais, a equipe pode terminar como o melhor paulista: em 6º.
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