Rogério Ceni renova por um ano com São Paulo
Após especulações sobre sua aposentadoria, o goleiro e capitão são-paulino Rogério Ceni, 40, renovou o vínculo com o clube por mais um ano. O jogador havia dito durante 2013 que esta seria provavelmente a sua última temporada.
Eliminada na semifinal da Sul-Americana e em nono lugar no Campeonato Brasileiro com 50 pontos, a equipe do Morumbi não vai disputar a Taça Libertadores na próxima temporada.
O fraco desempenho do time (não conquistou nenhum título em 2013 e lutou contra o rebaixamento no Brasileiro) coincidiu com os altos e baixos do maior ídolo da torcida são-paulina dos últimos tempos.
TRAJETÓRIA
Apelidado de "Mito", Rogério Ceni se transformou em sinônimo de São Paulo graças aos 23 anos que passou no Morumbi.
Contratado em 1990 do Sinop-MT, depois de se sagrar campeão matogrossense adulto, o goleiro foi integrado às categorias de base e só três anos depois estreou entre os profissionais.
O debute aconteceu em território internacional: goleada por 4 a 1 sobre o Tenerife, em torneio amistoso na Espanha. Foi a primeira das 1.119 partidas do camisa 1 pelo São Paulo. Nunca na história do futebol brasileiro (e possivelmente no mundial) um jogador havia atuado tanto com uma mesma camisa.
Ceni quebrou o recorde que pertencia a Pelé no último dia 24 de novembro. Foi a última das marcas históricas estabelecidas pelo goleiro.
Melhores momentos de Rogério Ceni
A mais famosa talvez seja também a mais impressionante delas. O são-paulino é o arqueiro que mais gols marcou desde que o futebol começou a ser jogado: 113. Todos de pênalti ou falta, ainda que com a bola rolando em jogada ensaiada ou rebote.
O goleiro também é o recordista de partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro, quem mais jogou no Morumbi, o brasileiro com maior número de jogos da Libertadores e o jogador mais vitorioso da história do São Paulo.
Ceni participou de 17 dos 41 títulos conquistados pelo clube em todos os tempos, ou seja, mais de 40% do total.
Reserva nas conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes de 1993, ganhou os mesmos títulos em 2005 como protagonista. Foi o melhor ano de sua carreira. Na sequência, liderou o São Paulo rumo a um inédito tricampeonato brasileiro em temporadas consecutivas (2006 a 2008).
A era de ouro de Ceni consolidou sua imagem de vencedor, líder e jogador intelectualmente acima da média, um símbolo para os são-paulinos. E de arrogante e reacionário para os torcedores rivais.
Afinal, mesmo com o goleiro tendo disputado duas Copas do Mundo, a idolatria a ele nunca atravessou os muros do Morumbi.
Ceni foi campeão mundial com a seleção em 2002, mas sem sair do banco de reservas. Em 2006, foi novamente convocado e entrou na goleada por 4 a 1 sobre o Japão, na primeira fase.
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