Duas empresas faziam a segurança do estádio em Joinville
Duas empresas faziam a segurança na Arena Joinville neste domingo durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco que deixou quatro torcedores feridos após uma briga.
As duas foram contratadas pelo Atlético-PR, que era o mandante da partida. No total, cerca de 90 homens cuidavam do público, que era de quase 10 mil pessoas.
A principal empresa era a Mazari Vigilância, com sede em Joinville, que ficou responsável pelo policiamento dentro do estádio. Eram 60 homens, contratados para fazer as revistas e o cordão de isolamento --um número considerado baixo pelo proprietário da Mazari, Arilson Alves.
"Eu acho que 60 é muito pouco para um jogo assim, mas não sou eu que decido. Nós fornecemos o número de seguranças que o cliente pede", afirmou. Alves disse que foi a direção do Atlético-PR quem determinou o tamanho do efetivo.
"Na hora da confusão, a gente estava com 15 ou 20 [na arquibancada]. Não tinha como evitar [a briga] nunca", declarou.
Além deles, a Cerberus Segurança, sediada em Curitiba, levou outros 15 homens para fazer a proteção da delegação do Atlético-PR, antes, durante e depois da partida.
Por causa da briga, alguns dos seguranças da Cerberus foram deslocados para as arquibancadas para tentar apartar a confusão. "Mas nosso contingente era muito pequeno e demorou para chegar à torcida", contou o diretor operacional da Cerberus, Rodrigo de Freitas Netto. "O pessoal retirou ferido, pôs gente no helicóptero, carregou maca... E pediu para acalmar."
O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, criticou o Ministério Público de Santa Catarina por ter determinado "absurdamente" que a PM atuasse apenas no entorno do estádio --a Promotoria diz ter sido mal interpretada.
"Uma vergonha não termos policiamento dentro do campo. Aí vêm as leis: 'Não, porque é atribuição do responsável, do mandante do jogo.' Como é que a gente vai mandar aqui em Santa Catarina? A gente não tem o poder de polícia", afirmou.
"Como você vai fazer para [controlar] aquele grupo de marginais que nós vimos se atropelando... Quantos seguranças teríamos que ter? E quem paga isso, gente? O ingresso a 'cinquentão'? Se a gente aumenta o preço, dizem que a gente quer elitizar."
Em nota, o Atlético-PR lamentou "os acontecimentos bárbaros" da partida e disse que irá punir os torcedores que sejam identificados como agressores, mas não se manifestou a respeito das críticas de falta de segurança.
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