Médicos reduzem auxílio respiratório a Lais, mas ainda há risco de morte
O médico brasileiro Antonio Marttos Junior, que acompanha a recuperação da ex-ginasta Lais Souza, afirmou em entrevista concedida nesta quinta-feira que ela ainda corre risco de morte.
Lais, que sofreu acidente enquanto andava de esqui em Salt Lake City em 27 de janeiro, foi transferida para Miami na quarta-feira. Ainda não há qualquer previsão de alta.
"O fator mais importante agora é a ajuda mecânica respiratória para a Lais. O risco existe, sim, mas por estar em uma terapia intensiva temos condições de controlar e minimizar esse risco. É importante destacar que o quadro dela tem se mantido estável e ajustes têm sido feitos diariamente", afirmou Marttos Junior.
O médico ressaltou que ainda não é possível fazer prognóstico sobre o futuro da atleta, que estava treinando nos EUA para disputar os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.
Divulgação/Cob.org.br | ||
Delegação brasileira nos Jogos de Inverno de Sochi faz uma homenagem para Lais Souza |
"Ela está sendo tratada em um dos centros mais avançados do mundo nesse tipo de lesão, o Miami Project to Cure Paralysis. O ponto mais positivo nessa primeira semana foi em relação à parte respiratória. Decidimos pela não implantação do marcapasso no diafragma inicialmente".
A equipe médica que assiste a brasileira tem diminuído o suporte de ventilação mecânica aos poucos. E, segundo Marttos Junior, ela tem reagido bem.
"Estamos otimistas de que ela sairá do ventilador mecânico. Quanto à parte de movimentação ainda é muito cedo para dar qualquer prognóstico, mas temos alguns sinais de que a lesão é grave mas não completa. Reitero que é impossível nesse momento saber como irá evoluir a parte motora", completou.
Lais tem companhia da mãe, Odete, e se vira como pode para ocupar o tempo enquanto se recupera. De acordo com o médico, ela tem pedido para assistir a filmes e escutar músicas no quarto. Também ficou emocionada ao ver uma foto em que a equipe brasileira em Sochi a homenageou.
A ex-ginasta, que compete no esqui aéreo em competições de neve, está instalada em uma cama especial, adaptada para movimentá-la a fim de evitar problemas como pneumonia, infecções, escaras e coágulos.
Marttos afirmou que a meta de todos, no momento, é "reintegrar Lais à sociedade, da melhor maneira possível".
"Como atleta, Lais está acostumada a se superar, ter paciência e a vencer etapas. O fato de ela ser jovem e atleta tem ajudado nesse momento, principalmente a resistir nessa fase aguda", disse.
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A esquiadora brasileira Lais Souza, 25, mostra medalhas |
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