Árbitro não relata ofensas racistas a Tinga em súmula
O árbitro venezuelano José Argote não relatou as ofensas racistas de torcedores peruanos ao volante Tinga, do Cruzeiro, na súmula da derrota por 2 a 1 do time brasileiro para o Real Garcilaso, quarta-feira, pelo Grupo 5 da Taça Libertadores da América.
A informação foi confirmada via mensagem à Folha pelo presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol, Caio César Rocha.
Tinga entrou em campo aos 20 min do segundo tempo da partida disputada em Huancayo, a 300 km de Lima.
Sempre que o jogador tocava na bola, a torcida fazia gestos e sons imitando macacos.
O caso Real Garcilaso será julgado pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol em data ainda não definida. As punições possíveis vão de multa e partidas como mandante disputadas com portões fechados à exclusão da competição.
Cinco casos de racismo julgados por Fifa e pela Uefa (União Europeia de Futebol), em 2013, semelhantes ao de Tinga, resultaram em jogos com portões fechados.
No ano passado, o combate ao racismo foi considerado prioridade para a Fifa, que criou um código com as possíveis punições.
Luka Gonzales/AFP | ||
Tinga (dir.), do Cruzeiro, disputa bola com Ramon Rodriguez, do Real Garcilaso |
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