Processo de racismo a Tinga atrasa em uma semana por omissão de juiz
A ausência de qualquer menção às ofensas racistas ao volante Tinga, do Cruzeiro, durante a derrota por 2 a 1 para o Real Garcilaso, quarta-feira, pelo Grupo 5 da Taça Libertadores da América, irá atrasar em cerca de uma semana o andamento do caso no Tribunal Disciplinar da Conmebol.
"Se [o racismo] constasse na súmula, abriríamos o processo disciplinar já. Como não há, tivemos que abrir uma investigação preliminar do caso. A partir daí, vai ser instaurado um processo. Tudo isso deve durar uma semana", disse o presidente do tribunal Caio César Rocha.
Apesar dos seguidos e gestos e sons imitando macacos vindos da torcida peruana a cada vez que Tinga tocava na bola, o árbitro venezuelano José Argote não relatou as ofensas racistas na súmula.
A Conmebol abriu nesta sexta a investigação do caso após receber denúncia do Cruzeiro.
Se comprovada a existência das ofensas, o Real Garcilaso será julgado pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol em data ainda não definida. As punições possíveis vão de multa e partidas como mandante disputadas com portões fechados à exclusão da competição.
Cinco casos de racismo julgados por Fifa e pela Uefa (União Europeia de Futebol), em 2013, semelhantes ao de Tinga, resultaram em jogos com portões fechados.
No ano passado, o combate ao racismo foi considerado prioridade para a Fifa, que criou um código com as possíveis punições.
Luka Gonzales/AFP | ||
Tinga (dir.), do Cruzeiro, disputa bola com Ramon Rodriguez, do Real Garcilaso |
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