Árbitro diz que não ouviu ofensas racistas a Tinga
"Não ouvi nada durante a partida." Foi essa explicação dada pelo árbitro venezuelano José Argote para justificar por que as ofensas racistas ao volante Tinga não foram relatadas na súmula do jogo entre Cruzeiro e Real Garcilaso.
Em rápido contato por telefone com a Folha, o juiz disse que não sabia a quais "incidentes de quarta-feira" a reportagem se referia e explicou que não poderia falar por mais tempo porque entrevistas são proibidas pela Conmebol.
Segundo o presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol, Caio César Vieira Rocha, a omissão do racismo praticado pelos torcedores do Real Garcilaso contra o jogador do Cruzeiro vai atrasar o processo em cerca de uma semana.
"Se [o racismo] constasse na súmula, abriríamos o processo disciplinar já. Como não há, tivemos que abrir uma investigação preliminar do caso. A partir daí, vai ser instaurado um processo. Tudo isso deve durar uma semana."
Essa investigação foi iniciada ontem. Devido à omissão, Argote corre risco ser afastado de partidas da Taça Libertadores.
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