Olimpíada já custa R$ 36,7 bilhões e promessa de legado se reduz
O custo estimado da Olimpíada de 2016, a ser realizada no Rio, está em R$ 36,7 bilhões, mas deve subir até a data do evento.
Governos divulgaram nesta quarta-feira gastos de R$ 24,1 bilhões em obras consideradas legado dos Jogos. Antes já havia sido divulgado orçamento parcial com construção de arenas e com a operação das competições.
A soma dos balanços parciais divulgados indica que 58% do total dos recursos gastos no evento são privados. A participação de verbas públicas, contudo, ainda subirá, já que ainda há licitações a serem lançadas, como a do Parque Olímpico de Deodoro.
A estimativa de gasto total em 2009, quando o Rio venceu a disputa para sediar os Jogos, era de R$ 28,9 bilhões – ou R$ 38,1 bilhões em valores atualizados pelo IPCA–, com 15% de recursos privados.
O compromisso de legado, contudo, se reduziu em comparação a 2009, quando a cidade pleiteava sediar o evento. À época, havia previsão de investimentos em aeroportos, ferrovias, segurança pública e saúde.
Não há nada sobre estes setores no Plano de Políticas Públicas, como foi nomeado o documento lançado.
"O plano de legado deve ser instrumento de cobrança das autoridades", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Fazem parte do plano obras de mobilidade urbana, meio ambiente e desenvolvimento social, entre outros.
Apesar de não constar do documento que define os compromissos, o ministro Aldo Rebelo (Esportes) e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmaram que obras para estes setores também serão concluídas até os Jogos.
"Não incluímos os aeroportos porque a reforma dos aeroportos seria executada com ou sem Jogos Olímpicos, com ou sem Copa", disse o ministro.
"O dossiê [de candidatura] era uma coisa. O que trazemos hoje é a realidade", disse Paes.
De acordo com o general Fernando Azevedo e Silva, gasto com segurança pública ainda serão incluídos no plano. Não foram divulgados porque ainda não tem "maturidade suficiente".
Paes comemorou o fato de mais da metade do valor dos projetos divulgados ser financiado com recursos privados.
"Londres [sede da Olimpíada de 2012] fez todas as arenas com dinheiro público. Nós não", disse. Para viabilizar a entrada de recursos privados, a Prefeitura do Rio concedeu benefícios urbanísticos a empreiteiras, que assumiram parte das obras.
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