Empresário diz que suposto chefe de quadrilha recebeu US$ 100 mil por ingressos
O empresário de jogadores Luís Vianna disse em depoimento à polícia, nesta quinta (17), que viu o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, suspeito de chefiar quadrilha de cambistas, receber cerca de US$ 100 mil em espécie de várias pessoas pela venda de ingressos da Copa.
A informação foi confirmada por investigadores e pelo próprio Vianna. Ex-empresário de jogadores como Denilson, Edilson e Jardel, ele disse que conheceu Fofana em janeiro de 2010 -quando foi procurado para negociar a ida do jogador Adriano para Dubai.
"Eu não era empresário do Adriano, mas ele sabia que eu conhecia ele porque vendi o Adriano para o Inter de Milão em 2001. Só queria que fosse um parceiro comercial."
Ele afirmou que achava que Fofana vendia ingressos legalmente, negou envolvimento e confirmou que ganhou duas entradas para Argentina x Bósnia e França x Equador.
Ao ser questionado sobre conversas telefônicas gravadas com autorização da Justiça, em que aparece perguntando sobre ingressos para Fofana, Vianna disse que ligou a pedido de amigos que não conseguiram ingressos. "Mas eles nem compraram."
Segundo a polícia, Vianna é investigado sob suspeita de integrar a quadrilha.
Nesta sexta, a polícia deve ouvir o empresário de marketing esportivo Maurício Santos, sócio do ex-jogador Deco.
O ex-jogador Junior Baiano e a ex-mulher dele devem ser intimados a depor na próxima semana para esclarecer o aluguel do apartamento deles para Fofana durante a Copa.
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