Hamilton desobedece ordem a favor de Rosberg e gera saia justa na Mercedes
Nem mesmo a brilhante vitória conquistada por Daniel Ricciardo a três voltas da bandeirada final tirou o foco da dupla da Mercedes, neste domingo (27), durante o GP da Hungria.
Na prova mais acidentada e imprevisível do ano, Lewis Hamilton e Nico Rosberg viveram novo capítulo da complicada relação que têm desde que se evidenciou que o título será decidido entre eles.
Líder do Mundial e pole position no domingo, Rosberg viu a vitória escapar após entrada do safety car na pista quando ele era o primeiro.
Editoria de arte/Folhapress |
Com uma estratégia diferente da do companheiro de garagem, que fez um pit stop a menos, o alemão se viu preso atrás de Hamilton a partir da 40ª das 70 voltas do GP.
Foi quando pediu, via rádio, para que o inglês lhe desse passagem, já que estavam com táticas diferentes. A Mercedes atendeu seu pedido e ordenou que Hamilton cedesse a quinta posição para que ele atacasse a concorrência.
Mas Hamilton, que começou a corrida dos boxes e ainda rodou na primeira volta, ignorou o comando.
"Não era porque eu tinha uma parada a menos a fazer que não estava na mesma corrida que ele", declarou o inglês, que ficou em terceiro, logo à frente de Rosberg.
Fernando Alonso terminou em segundo, e Felipe Massa obteve o quinto lugar.
"Fiquei muito, muito chocado que a equipe tenha me pedido isso. Mesmo porque ele não se aproximou o suficiente de mim. Achei meio estranho o que aconteceu", afirmou Hamilton, que diminuiu de 14 para 11 pontos a desvantagem na classificação.
Rosberg negou o pedido para que o companheiro que lhe desse passagem. Mas não escondeu a sua insatisfação, especialmente por ter tido outra chance de ultrapassar Hamilton na última volta –ele tirou desvantagem de 25 segundos em 13 voltas.
"Vou sentar com a equipe e com o Lewis para discutir o que aconteceu e para que a gente aprenda o que fazer no futuro", afirmou o alemão. "Estou frustrado por não ter conseguido a ultrapassagem [sobre Hamilton] no final."
O novo capítulo no imbróglio entre seus pilotos, que já se arrasta há algumas corridas, fez a Mercedes rever sua posição em relação às ordens de equipe.
"No começo do ano era mais fácil dizer que as regras seriam de um jeito ou de outro. Como o título deve ser decidido entre eles, fica difícil pedir que um abra passagem para o outro, então vamos liberar eles", afirmou Toto Wolff, chefe da escuderia.
Alheio ao conflito entre os adversários, Ricciardo festejou o fato de ser o único piloto a não guiar uma Mercedes a ter vencido neste ano. "Não vou dizer que a segunda vitória é melhor que a primeira, mas estou adorando tomar champanhe aos domingos."
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