Após cortes e título, ala dos Spurs espera inspirar jovens do Brasil
O ala Danny Green, 27, campeão da última temporada da NBA com o San Antonio Spurs, sabe bem como é ir do céu ao inferno em pouco tempo no basquete. E após cinco temporadas na liga, diz também o quanto é "gratificante" o caminho inverso.
Companheiro do pivô brasileiro Tiago Splitter nos Spurs, Green foi a 46ª escolha do Cleveland Cavaliers no draft (seleção de novos calouros) de 2009. Mas o início da sua aventura na NBA foi nebuloso.
Formado pela Universidade de Carolina do Norte, o ala só jogou 20 partidas em sua primeira temporada pela franquia de Cleveland. No início da segunda, acabou dispensado.
O jogador ganhou uma nova chance ao ser contratado pelos Spurs em novembro de 2010. Mas, uma semana depois, sua carreira teve mais um baque ao ser dispensado novamente.
"Fiquei assustado com o que aconteceu. Mas tive que me levantar e trabalhar muito para ter uma outra oportunidade", disse à Folha Green, que está no Brasil para um evento da NBA neste fim de semana, em Barueri (a 30 km de São Paulo).
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
O ala Danny Green, dos Spurs, posa com a bola da NBA, em São Paulo |
Como se não bastasse as duas dispensas, o ala foi parar na liga de desenvolvimento da NBA (D-League). Com uma média de 20 pontos por jogo, agradou os olheiros dos Spurs e acabou contratado novamente pela equipe. Dessa vez, para ficar.
"Eu assistia muito aos meus companheiros jogando pela TV toda a noite para estar pronto quando voltasse para a NBA", afirmou. Ele só aguardava uma chance para mostrar serviço para o exigente técnico da equipe, Gregg Popovich.
E a oportunidade chegou na temporada 2011/12, quando o ala argentino Manu Ginóbili se machucou. Green entrou e ganhou a confiança de Popovich.
No campeonato seguinte, foi titular nos 80 jogos em que disputou na temporada regular. Mas ficou com o vice-campeonato no fim. Em 2013/14, novamente como uma das peças-chaves para o treinador, finalmente alcançou o seu primeiro troféu na liga. "Foi incrível", resumiu.
O ala espera que a sua história seja um espelho para os jovens jogadores do Brasil.
"É gratificante ver ou ouvir que um jovem daqui pode se inspirar com minha história. Se você quer jogar basquete, tem que continuar trabalhando duro e tem que estar pronto. Você nunca sabe o que vai acontecer", disse.
NOVO TRIO?
Tim Duncan, 38, Manu Ginóbili, 37, e Tony Parker, 32, formam nos Spurs um dos trios mais respeitados da NBA. Porém, por conta da idade principalmente de Duncan e Ginóbili, esta pode ser a última temporada com os três juntos. A união dura desde 2002/03.
Green, por sua vez, já mira ocupar ao lado de Splitter, 29, e Kawhi Leonard, 23, a próxima trinca de ferro da franquia.
"Espero que isso dê certo. E acho que o Tiago é bom o bastante para ser um desses jogadores. Espero que um dia eu esteja na posição de ser um dos líderes que o Popovich espera", afirmou.
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
O ala Danny Green, do San Antonio Spurs, posa para fotos com as dançarinas do Cleveland Cavaliers |
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