'A grandeza do Palmeiras até me assustou', diz Ademir da Guia
Para Ademir da Guia, o maior ano da história do Palmeiras foi 1972.
"Foi um ano perfeito. Disputamos cinco campeonatos e ganhamos todos", lembra o ex-jogador de 72 anos, que ficou conhecido como Divino –para muitos, o maior craque a vestir a camisa do clube.
Não para ele.
"Não tenho essa pretensão de dizer que fui o melhor. Posso estar na lista dos melhores, com craques como Oberdan [Cattani], Jair [Rosa Pinto], Leivinha, Edmundo..."
As maiores conquistas do time no ano considerado perfeito por Ademir foram o Brasileiro e o Paulista.
Ademir chegou ao Palmeiras em 1961, vindo do pequeno Bangu, do Rio. "A grandeza do Palmeiras até me assustou", recorda-se ele, hoje candidato a deputado estadual. "Eu era muito garoto, aos 19 anos. E o clube já era uma grande potência", conta Ademir, que se destacou especialmente ao longo dos anos 70.
Acervo UH/Folhapress | ||
Ademir da Guia |
Era um meia clássico. À primeira vista, parecia lento. Não era. Jogava de cabeça erguida, driblava com facilidade, sabia fazer gols e dificilmente era desarmado pelos adversários.
"Ao Palmeiras eu devo tudo. É o clube que me projetou", diz, emocionado, sobre o time que defendeu em 900 jogos, um recorde que muito dificilmente será batido.
Essa gratidão Ademir transmitiu aos filhos e netos. Também por isso sente muito a má fase que o time atravessa.
"Não podemos pensar que as coisas não possam melhorar. Uma vitória vai puxar a outra", acredita.
"Peço ao palmeirense que não desista do time. Ainda podemos ter um ano do centenário com alegria", diz o Divino.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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