Após ouro no Mundial, judoca mira alto do pódio na Rio-16
Aos 23 anos, a gaúcha Mayra Aguiar ostenta em seu currículo todas as medalhas possíveis em Mundiais.
Nesta sexta (29), ela conquistou o ouro em Cheliabinsk no peso meio-pesado (até 78 kg) e chegou ao seu quarto pódio em Mundiais adultos.
Mayra já havia sido prata em Tóquio-2010 e bronze em Paris-2011 e Rio-2013.
A galeria de conquistas dela começou na base. Em Mundiais júnior, detém um ouro, uma prata e dois bronzes.
"Era um objetivo conquistar essa medalha. Eu não ia sair daqui sem esse ouro. Não ficaria satisfeita com menos. Essa é a primeira de várias", disse a gaúcha, bronze nos Jogos de Londres-2012.
Maxim Shipenkov/Efe | ||
A gaúcha Mayra Aguiar comemora a medalha de ouro no Mundial de judô de Cheliabinsk, na Rússia |
Mayra se recuperou de um drama pessoal para obter a realização. Logo após conquistar o bronze no Mundial do Rio, em agosto de 2013, ela se afastou do circuito internacional para se reabilitar de lesões no cotovelo esquerdo e no joelho direito. Passou por cirurgia em dezembro e só voltou a competir em abril.
Judoca da Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre), ela agora quer focar todas as atenções na Rio-2016.
"Quero ganhar minha medalha de ouro na Olimpíada. A caminhada será dura, mas tem tudo para dar certo. Quando a gente sonha, tudo fica muito distante. Isso para mim é um objetivo, quero conquistar essa medalha e vou fazer de tudo para deixá-la no Brasil", declarou.
Nas primeiras três lutas da campanha rumo ao título mundial, Mayra venceu a italiana Assunta Galeone, a espanhola Laia Talarn e a russa Alena Kachorovskaia.
Na semifinal, ela encarou a norte-americana Kayla Harrison, que a havia eliminado nos Jogos de Londres. Em um combate tenso, no qual a técnica Rosicleia Campos foi expulsa de sua posição, Mayra triunfou por waza-ari.
A final, contra a francesa Audrey Tcheumeo, foi vencida com outro waza-ari.
O pódio da gaúcha foi o segundo do Brasil em Cheliabinsk. Na terça-feira, Érika Miranda ganhou o bronze no peso meio-leve (até 52 kg).
O país tinha como meta repetir a campanha da edição do Rio, há um ano, quando conquistou seis medalhas.
O ouro é o segundo conquistado por uma judoca brasileira na história –o primeiro veio com Rafaela Silva, no Mundial do Rio. A láurea serve para reduzir um pouco a frustração. Em três dos cinco dias de competição o Brasil saiu do tatame sem medalha.
"Tivemos uma participação brilhante no Rio e ficamos com uma expectativa muito grande de igualar ou até superar. Acontece, é do esporte. Estamos no caminho certo", afirmou a campeã.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade