Técnicos finalistas da Copa do Brasil são conhecidos pela tranquilidade
Washington Alves - 9.nov.2013/VIPCOMM | ||
O técnico Marcelo Oliveira durante partida do Cruzeiro |
Reconhecidos como técnicos tranquilos e sem afetações no trato com os jogadores, o atleticano Levir Cupi, 61, e o cruzeirense Marcelo Oliveira, 59, comandantes dos finalistas da Copa do Brasil, fazem contraponto ao clima de tensão que cerca primeira decisão nacional entre os rivais de Minas Gerais.
Calmos e queridos por seus comandados, Levir e Marcelo são exceção entre os técnicos considerados de ponta no Brasil, tais como Luxemburgo, Mano Menezes e Felipão, também conhecidos seus comportamentos polêmicos.
O ex-lateral Nonato foi capitão do Cruzeiro de Levir Culpi de 1996, e lembra do ex-chefe como alguém, além de calmo, justo e despreocupado quanto aos holofotes.
"Ele nunca foi de estrelismos. Sempre foi um cara leal, honesto e direto", relembra-se. "O Levir conquista autoridade sobre os grupos sem fazer força, com sua sinceridade", conta Nonato.
"Até mesmo as palestras do Levir, antes dos jogos, são tranquilas, sem grandes apelos emocionais", diz. "Ele gostava muito de contar piadas, para quebra a tensão", revela o ex-jogador.
Marcelo Oliveira também não é de aparecer muito e gosta de ter a franqueza pautando a sua relação com o elenco –algo que o ajuda na tomada de decisões difíceis.
No Cruzeiro, por exemplo, ele soube lidar, sem atritos, com a necessidade de colocar no banco de reservas jogadores consagrados, como Borges, Dagoberto e Júlio Baptista.
Bruno Cantini/Divulgação/Atlético Mineiro | ||
Levir Culpi durante treino do Atlético-MG |
"Com ele é assim: joga quem está melhor. Mas ele sempre dá satisfação para quem não é titular", conta o lateral-direito Ayrton, hoje no Vitória, comandado por Marcelo Oliveira no Coritiba entre 2011 e 2012.
"Para ele, todos são iguais", diz. "Por isso é que os jogadores o respeitam."
TRAJETÓRIAS
Embora tenham idades parecidas, Levir e Marcelo estão em momentos distintos nas carreiras.
Levir passa por um ressurgimento no Brasil, após sete anos no Japão. Já Marcelo está na ascendente.
Quando Levir ganhava o maior título de sua carreira, a Copa do Brasil de 1996, pelo Cruzeiro, Marcelo nem era técnico profissional. O primeiro time dele foi o CRB, em 2007 –trabalhou antes na base do Atlético-MG.
Apesar da carreira curta, Marcelo também tem um título nacional, o Brasileiro de 2013 com o Cruzeiro. E lidera a competição deste ano.
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