Sem grupo de Eike, base da vela para a Rio-2016 inicia revitalização
Base da vela nos Jogos do Rio, a Marina da Glória começou a ser revitalizada rumo à Olimpíada de 2016.
A chegada das máquinas para o início das obras, nesta semana, é a partida de um cronograma que terá fim apenas em fevereiro de 2016, a seis meses das disputas, segundo a BR Marinas.
A concessionária assumiu a área após saída do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, o que atrasou o início das obras, que estava previsto para agosto passado.
As mudanças serão feitas por etapas e não haverá necessidade de paralisação das atividades normais do local.
"Vi o projeto. É bonito, interessante. Tem um espaço legal se fizerem bem feito. A arquitetura é maravilhosa", diz a velejadora brasileira Martine Grael, campeã mundial de vela em 2014 com a parceira Kahena Kunze.
A principal diferença na Marina da Glória até 2016 será o maior número de vagas para embarcações, que passará de 167 dentro da água e 73 vagas secas para 415 e 240, respectivamente.
O número de lojas será reduzido de 40 para 24, entre restaurantes e serviços.
O projeto atual pretende ocupar uma área total de 12.261 metros quadrados, um terço do que o projeto da antiga concessionária previa. O estacionamento passará a ter 510 vagas, que ficarão concentradas em um local único, no subsolo.
O projeto está orçado em R$ 60 milhões e será totalmente custeado pela BR Marinas, responsável por outras oito Marinas no país. A assinatura é do arquiteto Eduardo Mondolfo, que já trabalhou com Oscar Niemeyer e é autor de projetos como o do Shopping Leblon e do Hotel Fasano, ambos no Rio.
"Queremos fazer com que as pessoas se lembrem que a finalidade principal do lugar não é ser palco para grandes eventos e sim atender com qualidade, conforto e segurança nossos clientes. Assim como dar atenção e mais uma opção de lazer aos cariocas e turistas", disse Gabriela Lobato, presidente da BR Marinas.
Divulgação | ||
Projeto mostra como a Marina da Glória, base da vela, deve ficar para os Jogos Olímpicos |
POLÊMICA
A revitalização da Marina da Glória foi alvo de inúmeras críticas de arquitetos, urbanistas e moradores nos últimos quatro anos.
Desde o primeiro projeto apresentado por Eike Batista, em agosto de 2010, outras versões foram elaboradas.
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), no entanto, sempre reprovou as propostas por considerar que não respeitavam o tombamento da área.
O plano inicial previa, por exemplo, a construção de um centro de convenções.
Em relação ao novo projeto, que já foi iniciado, a avaliação da Câmara Técnica de Arquitetura e Urbanismo do Conselho Consultivo do Iphan é a de que ele apresentou "ganhos qualitativos" que justificaram a aprovação.
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