Fifa rejeita recurso de investigador sobre Copas da Rússia e do Qatar
O Comitê de Apelações da Fifa rechaçou nesta terça-feira (16) o recurso do investigador Michael Garcia contra o relatório do presidente do Comitê de Ética da entidade, Hans-Joachim Eckert, sobre as investigações das candidaturas da Rússia e do Qatar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
As conclusões expostas por Hans-Joachim Eckert, presidente do Comitê de Ética da Fifa, afirmam que as atribuições dos Mundiais à Rússia e ao Qatar não devem ser questionadas, já que, segundo ele, a investigação de Garcia levantou apenas elementos duvidosos e de alcance muito limitado.
Ao rejeitar o recurso pedido por Garcia, o Comitê de Apelações alegou que as conclusões de Eckert não constituem uma decisão, mas apenas uma síntese, e por isso não estão sujeitas à apelação. Além disso, tal síntese não seria nem mesmo final, acrescentou o Comitê presidido por Larry Mussenden, jurista e presidente da Federação de Futebol de Bermudas.
Baseando-se no que foi dito por Eckert, a Fifa considerou que as candidaturas de Rússia e Qatar não deveriam ser revistas. "Houve comportamentos suspeitos, mas não corrupção", disse a entidade em comunicado.
De sua parte, Garcia denuncia uma apresentação errônea e incompleta de sua investigação pela Fifa na figura de Eckert.
Advogado e presidente do comitê de investigação do conselho de ética da entidade, Garcia foi responsável por toda a investigação, que reuniu mais de três mil páginas de documentos e resultou em relatório de 430 páginas, posteriormente resumido na conclusão de Eckert que foi contestada pelo investigador.
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