Brasil inicia Mundial de handebol com equipe mais experiente
O Brasil é o mais recente campeão do mundo de handebol. O feito histórico da seleção feminina, em dezembro de 2013, foi precedido por outro resultado inédito do país: a equipe masculina foi 13ª no Mundial da Espanha, em janeiro do mesmo ano.
Para chegar mais perto das mulheres –igualá-las ainda é um sonho para os homens–, o investimento aumentou. Mais atletas passaram a jogar no exterior e a seleção tem um equilíbrio maior entre experiência e juventude na equipe nacional.
O resultado pode começar a ser visto a partir desta quinta-feira (15), na estreia da seleção masculina no Mundial do Qatar, contra os donos da casa, às 15h30 (de Brasília).
No Grupo A, o Brasil ainda enfrenta Espanha, Belarus, Eslovênia e Chile. Os quatro melhores avançam às oitavas de final. A meta brasileira é alcançar as quartas.
"A gente evoluiu bastante em relação ao último Mundial. Pegamos um grupo com condições de melhorar nossa melhor classificação. A estreia é decisiva, precisamos ganhar do Qatar", analisa o armador e capitão Zeba, 31.
Ao lado de Japa, 33, e Borges, 29, Zeba é um dos três que estão em seu quinto Mundial. Experiência que pode ajudar outros quatro jogadores que estreiam na competição adulta. A média de idade do time é de 24,5 anos.
É consenso na seleção que a principal diferença é ter mais jogadores no exterior. No time do Mundial-2013, dois jogavam fora do país. Hoje, dos 17 que estão no Qatar, nove atuam na Europa (oito na Espanha e um na França). Um deles é o armador Thiagus, 25, que joga no La Rioja desde 2012.
Editoria de arte/Folhapress | ||
"Desde então mudou tudo. O modo de pensar, de ver o handebol, de jogar. É da água para o vinho", afirma.
A liga espanhola abriu espaço para jogadores menos conhecidos depois da crise de 2008. O campeonato, um dos melhores do mundo, ao lado do alemão, sofreu com a falta de dinheiro, perdeu atletas para a própria Alemanha, além de França, Hungria e Dinamarca, e os brasileiros aproveitaram.
Mesmo em crise, a liga espanhola ainda conta com o atual bicampeão mundial de clubes, o Barcelona.
Já no Brasil, a liga nacional continua fraca, apesar do sucesso da seleção feminina e da melhora da masculina.
A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) recebe atualmente R$ 9,4 milhões do Ministério do Esporte para preparar as seleções para a Olimpíada do Rio. Em 2015, mais R$ 3,75 milhões serão pagos pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) via Lei Piva.
E mais, os contratos de patrocínio com Correios e Banco do Brasil irão render, juntos, mais de R$ 10 milhões anuais, devido a um aumento no valor dos acordos.
Além disso, o centro de treinamento do handebol, em São Bernardo do Campo (SP), deve ser inaugurado ainda no primeiro semestre deste ano.
"O foco das duas seleções é a Rio-2016. Acredito em pódio para ambas", afirma o presidente da CBHb, Manoel Oliveira. "Sou um otimista".
O repórter MARCEL MERGUIZO viaja a convite da organização do Mundial
NA TV
Qatar x Brasil
15h30 ESPN e SporTV
Livraria da Folha
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