Cor do uniforme do Orlando City foi pensada para atrair brasileiros
Reprodução/Facebook/OrlandoCitySC | ||
O brasileiro Kaká entra em campo pelo Orlando City |
A contratação do meia Kaká não é o único passo do Orlando City para cativar os torcedores brasileiros. O clube pensou até na cor da camisa para conseguir o objetivo.
Ao ser fundado em 2010, o uniforme da equipe tinha a cor vermelha. O roxo e o branco eram secundários. Desde 2013, quando o brasileiro Flávio Augusto da Silva, 43, se tornou proprietário do time, o roxo passou a ser predominante no uniforme.
"Quando decidimos pela cor roxa foi por entendê-la como uma cor neutra. Nenhum grande clube do Brasil tem essa cor no uniforme. Não haveria resistência. Por isso, roxo é nossa cor principal", diz o carioca admitindo que uma das metas do clube é ser o segundo time de cada brasileiro.
Para a ideia vingar, Silva sabe que é necessário ter resultados expressivos. "Como é o nosso primeiro ano, esperamos ter uma participação relevante. Temos muito o que aprender, mas queremos chegar nos playoffs, que correspondem às quartas de final. Nosso projeto é disputar o Mundial de Clubes em três anos", diz.
O investimento em Kaká já ajudou. Ele é o jogador mais famoso do clube e a presença dele fez todos os ingressos para a estreia do time contra o New York City, no domingo (8), esgotarem rapidamente.
A equipe também comercializou 14 mil season tickets (pacote de ingressos para toda a temporada),que variam de 450 a 1.400 dólares.
"Kaká é o nosso embaixador nos EUA e em todos os continentes. Ele movimenta a cidade. As pessoas estão entusiasmadas nas ruas. Fechamos dezenas de patrocinadores. Ele é a figura central de nossa estratégia", diz Silva.
O orçamento do clube americano com futebol é de 11 milhões de dólares (R$ 32 milhões) por ano.
Mark Thor | ||
O empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva, dono do Orlando City, durante cerimônia |
EMPREENDEDOR
O brasileiro dono do Orlando City é torcedor do Flamengo e o envolvimento com futebol surgiu quando morou nos EUA, entre 2009 e 2012. Na época, acompanhava o filho em treinos e jogos e viu o envolvimento do americano pelo esporte.
"Vi que era um público muito grande. Muitos pais, mães, famílias, irmãos. O futebol era algo muito relevante nos EUA", diz.
O retorno que obteve ao vender a escola particular de inglês formada por ele em 1995 possibilitou que Silva comprasse o Orlando City.
Ele recebeu quase R$ 1 bilhão pela operação ainda no início de 2013. Estudou o futebol nos EUA e conseguiu virar dono do clube no final daquele ano.
"Quando comprei o clube, ele estava numa segunda divisão. Adquiri com o objetivo de levar para o MLS [como é chamada a elite da liga], o que exigia um investimento muito maior".
Hoje, Silva está satisfeito com o investimento, coroado com a vinda de Kaká. Assim, o Orlando ganhou projeção.
"Tenho relacionamento com o Kaká há quatro anos. Ele foi garoto propaganda da minha escola. O perfil dele como atleta corresponde ao que os americanos gostam".
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