Brasil terá presença feminina recorde no Pan-Americano de Toronto
A maior e mais feminina delegação esportiva da história a deixar o Brasil para uma competição vai disputar o Pan de Toronto (Canadá), de 10 a 26 de julho. Serão 600 atletas, um recorde em eventos fora do país, sendo 282 mulheres, ou seja, 47% da delegação, outra marca inédita.
No Pan de Guadalajara (México), em 2011, foram 515 competidores brasileiros, sendo 235 mulheres (45%).
Quatro anos antes, nos Jogos do Rio, o Brasil inscreveu 660 competidores. Mas, por ser sede do evento, tinha vaga em todas as disputas. No Pan carioca, foram 287 mulheres (43% da delegação).
"Sair do Brasil com uma delegação tão grande é um imenso desafio, mas estamos confiantes. Certamente, essa competição motivará ainda mais a todos para os Jogos Olímpicos do Rio", afirmou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, via assessoria.
Além dos 600 atletas, em 46 modalidades, a delegação terá outros 400 integrantes, entre treinadores, médicos, fisioterapeutas e oficiais (árbitros e outros profissionais).
A expectativa de custo da operação em Toronto é de R$ 10 milhões, com recursos da Lei Agnelo/Piva. Em 2011, o custo foi de R$ 8,5 milhões.
Editoria de Arte/Folhapress |
DENTRO E FORA
Uma das modalidades que fazem a diferença a favor do aumento de mulheres na delegação, a seleção feminina de rúgbi (com 12 atletas) estreia em Jogos Pan-Americanos neste ano –como acontecerá na Olimpíada do Rio.
Em Toronto, o Brasil também terá 12 jogadoras de softbol, a versão feminina do beisebol, modalidade na qual o país não terá representantes nos jogos canadenses.
Por outro lado, no hóquei sobre grama, apenas a seleção masculina vai a Toronto. E o time brasileiro precisa ficar entre os seis primeiros do Pan para ter vaga na Rio-2016.
Mas não é apenas em tamanho que a participação feminina aumentou. Elas também se destacam cada vez mais. Estarão em Toronto as medalhistas olímpicas Mayra Aguiar (judô) e Yane Marques (pentatlo moderno), as campeãs mundiais Fabiana Murer (atletismo) e da seleção de handebol, entre outras.
Um desfalque, porém, será a jogadora de futebol Marta. Cinco vezes eleita a melhor do mundo, a atacante está com a seleção na Copa do Mundo, no Canadá, mas não seguirá com o time ao Pan.
"Não é data-Fifa, e ela tem compromissos com o clube sueco [Rosengard]", disse o coordenador da seleção, Marco Aurélio Cunha, à Folha.
Entre os homens, o principal desfalque é o nadador Cesar Cielo, que vai priorizar o Mundial, em agosto, na Rússia. Medalhistas olímpicos como Robert Scheidt (vela) e Thiago Pereira (natação), porém, competirão em Toronto.
QG
A partir do próximo dia 28 deste mês, a delegação brasileira começará a ocupar a Universidade de York, em Toronto. A instituição será uma fortaleza nacional para os Jogos Pan-Americanos, na cidade canadense.
As instalações abrigarão e servirão de local de treino para atletas do judô, luta olímpica, basquete, atletismo e tênis. Profissionais como médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos também ficarão no local. Outras modalidades treinarão em outros pontos da cidade.
O COB investiu R$ 1,2 milhão para reservar e pôr em operação atividades em dez prédios em York, que também sediará competições do Pan.
A delegação brasileira ficará dividida na Vila Pan-Americana principal, localizada no centro de Toronto, e nas outras cinco sub-vilas dos Jogos: Brock University (remo e canoagem), Nottawasaga (tiro esportivo e hipismo), Horseshoe Resort (ciclismo MTB), McMaster University (futebol) e Minden (canoagem slalom).
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