CGU negocia acordo de leniência com empresa que pagou propina na Copa
A CGU (Controladoria-Geral da União) está negociando um acordo de leniência com a empresa alemã Bilfinger, que identificou internamente o pagamento de propina a servidores brasileiros por conta da Copa do Mundo de 2014.
Fontes da controladoria confirmaram à Folha a negociação. A assessoria do órgão, porém, disse que não comentaria. O caso foi noticiado nesta terça-feira (21) pelo jornal "Valor Econômico", que informou que o acordo está próximo de ser assinado.
Segundo o jornal alemão "Bild", a Bilfinger desembolsou 20 milhões de euros a funcionários públicos no Brasil e a integrantes da Fifa para firmar contratos e fornecer os monitores usados no Centro Integrado de Comando e Controle da Copa de 2014.
O acordo de leniência é um instrumento pelo qual a empresa admite ter cometido ilícitos e ressarce danos ao erário público. Em troca, escapa de punições mais severas, como a proibição de obter contratos com a administração pública. Seis empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato também negociam acordos de leniência.
Em março, o Ministério da Justiça havia determinado à CGU a abertura de uma auditoria sobre o caso. Fontes da CGU confirmaram à Folha que o acordo de leniência está sendo negociado com a empresa alemã.
Ainda em março, o próprio ministro da CGU, Valdir Simão, afirmou durante um evento em São Paulo que a Bilfinger esperava poder continuar trabalhando no Brasil, por isso negociava a leniência.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade