'Reforços' e erros do técnico afundam o Fluminense no Brasileiro
O ano de 2015 prometia ser doloroso para o Fluminense, depois da interrupção de um contrato de 15 anos com seu patrocinador —um plano de saúde— e a saída de jogadores como Conca, Rafael Sóbis, Carlinhos, Bruno, Valencia e Wagner.
Mesmo com todos os problemas, a diretoria conseguiu manter alguns nomes importantes do time campeão brasileiro de 2012, como Fred, Jean, Diego Cavalieri e Gum.
Somados a jovens talentos como Gerson, Marlon e Gustavo Scarpa, formados nas divisões de base do clube, esse elenco surpreendeu, terminando o primeiro turno em quarto lugar, com 33 pontos.
Não era um Fluminense brilhante, mas o time brigava muito e defendia-se bem. A chegada de três jogadores de renome —Ronaldinho Gaúcho, Cícero e Osvaldo— fez a torcida sonhar alto. Mas a verdade é que a coisa desandou depois da chegada desses "reforços".
Bruno Haddad/Divulgação/Fluminense F.C. | ||
O meia-atacante Ronaldinho durante um treino do Fluminense |
Ronaldinho jogou apenas seis jogos, com três vitórias e três empates. Osvaldo se lesionou, ficou de fora de jogos importantes e não conseguiu acertar uma jogada até agora. E Cícero, apesar de ter marcado alguns gols decisivos, irrita a torcida com sua apatia e lerdeza. E aquele time raçudo e voluntarioso do primeiro turno evaporou.
O Fluminense é o lanterninha do segundo turno do Campeonato Brasileiro, com apenas um ponto em sete jogos.
Foram seis derrotas e um empate. Claro que a culpa pela queda de rendimento não pode ser creditada apenas aos três. Fred, o principal jogador do time, andou machucado e voltou muito mal. E a contratação de outros veteranos —Antônio Carlos, Wellington Paulista e Magno Alves— também foi um fiasco.
Some isso à incapacidade do técnico Enderson Moreira em mexer no time durante jogos, a teimosia em improvisar jogadores fora de suas posições de origem e a alguns erros absurdos de arbitragem ocorridos nos jogos contra Corinthians, Flamengo e Sport, e a receita para a piora do time está completa.
Que o novo técnico, Eduardo Baptista, consiga arrumar as coisas e montar um time brigador, misturando os talentos de uma ótima geração de jovens tricolores a veteranos que ainda tenham gás.
O jornalista ANDRÉ BARCINSKI, 47, é torcedor do Fluminense
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