Jadson pode terminar Brasileiro como maior artilheiro do time desde 2005
Julia Chequer/Folhapress | ||
Jadson comemora seu segundo gol na partida contra o Santos, no domingo (20) |
Com 11 gols marcados no Campeonato Brasileiro, o meia Jadson pode se tornar o maior artilheiro do Corinthians na competição desde 2005.
Para isso, ele precisa fazer mais quatro gols nos 11 jogos que faltam até o fim do ano, o que conseguirá se mantiver a atual média (0,44 por jogo). Contra o Santos, no domingo, foram dois.
Na campanha que deu ao Corinthians o seu quarto título brasileiro, o argentino Carlos Tévez fez 20 gols. O artilheiro foi Romário, com 22. Naquele ano, o torneio teve 22 times na disputa. Desde 2006, são 20 equipes.
Depois de Tévez, quem mais fez gols pelo Corinthians em uma edição de Brasileiro foi o meia Bruno César, que balançou as redes 14 vezes em 2010.
Os atacantes que assumiram a função de goleador da equipe não tiveram grande destaque na tabela de artilheiros do campeonato.
Finazzi, em 2007, Ronaldo (2009), Liedson, (2011) e Paolo Guerrero (2014) marcaram 12 gols. Os números de Alexandre Pato, com nove gols em 2013, e de Rafael Moura, que fez sete em 2006, são ainda menos memoráveis para um jogador com a função de balançar as redes.
Em 2012, coube ao volante Paulinho ser o artilheiro do time. Ele marcou sete gols.
Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians | ||
Jadson e Renato Augusto durante treino do Corinthians |
ESQUEMA FAVORECE
Para superar na artilharia atacantes como Alexandre Pato, atualmente no São Paulo, e o argentino Lucas Pratto, do Atlético-MG, Jadson conta com a confiança de Tite na função de homem das bolas paradas.
Dos 11 gols dele, quatro foram em cobranças de pênalti e dois de falta. Para o ex-jogador corintiano Zenon, que atuou como meia pela equipe nos anos 1980, a função de batedor oficial ajuda nos números, mas não explica sozinha a boa fase do atleta.
"O esquema do Tite dá liberdade para ele se movimentar pelos dois lados do campo. Além disso, o Jadson sabe se posicionar e como se colocar na hora certa para definição", disse à Folha.
No ano passado, com Mano Menezes no comando, a opção por ter Jadson e Renato Augusto juntos foi bastante questionada. Hoje, parece não haver dúvidas sobre o sucesso da dupla.
Segundo Zenon, os dois poderiam inclusive repetir a parceria na seleção brasileira. "Não vejo um jogador igual ao Jadson entre os convocados. Com o Renato Augusto lá já seria meio caminho andado para ele se destacar", afirmou.
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