CBF pede explicações ao São Paulo por triangulação em compra de zagueiro
Érico Leonan/saopaulofc.net | ||
O zagueiro Iago Maidana, de 19 anos, já está treinando no São Paulo |
O São Paulo terá que explicar para a CBF como foi o processo de compra de 60% dos direitos econômicos de Iago Maidana, zagueiro de 19 anos apresentado como reforço para a base do clube.
A diretoria pagará R$ 2 milhões ao Monte Cristo, time da terceira divisão goiana, que teve os direitos federativos do atleta por dois dias (de 9 a 11 de setembro), entre a saída do Criciúma e a ida para a equipe paulista.
As informações da contratação foram divulgadas pelo site do "Globo Esporte", que explica que o valor ainda terá um acréscimo de R$ 400 mil caso o atleta faça dez partidas pelo clube tricolor.
Segundo a reportagem, o montante (R$ 2,4 milhões) é o triplo do que foi pago por um grupo de investidores paulistas para obter 100% dos direitos de Iago, no momento da rescisão em Santa Catarina. A empresa, chamada Itaquerão Soccer, afirmou que o jogador tinha multa contratual de R$ 1,5 milhão e foi liberado por R$ 800 mil.
Os 40% restantes do jogador ficaram com o Monte Cristo.
Procurada pela Folha, a CBF afirmou que vai "apurar o caso e que já notificou os três clubes envolvidos para apresentarem documentos a respeito da negociação do atleta". Disse também que "vai averiguar se houve burla a alguma regra do Regulamento de Registro e Transferência".
De acordo com o novo regulamento nacional de registro e transferência de atletas de futebol, que seguiu às novas orientações da Fifa, "nenhum clube ou jogador poderá celebrar um contrato com um terceiro por meio do qual este terceiro obtenha o direito de participar, parcial ou integralmente de um valor de transferência pagável em razão da futura transferência dos direitos de registro de um atleta de um clube para outro, ou pelo qual se ceda quaisquer direitos em relação a uma futura transferência ou valor de transferência".
Há menos de uma semana, a Comissão Disciplinar da Fifa sancionou o FC Seraing, da Bélgica, por caso semelhante. O clube foi proibido de registrar jogadores por dois anos e ainda recebeu multa de 150 mil francos suíços (R$ 623 mil). A menor sanção é uma advertência da entidade.
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