Djokovic domina o tênis e já tem quase o dobro de pontos de vice do ranking
Com uma vitória por 2 sets a 0 (6/2 e 6/1) sobre o eslovaco Martin Klizan nesta quarta-feira (14), o sérvio Novak Djokovic abriu caminho para mais um título no Masters 1.000 de Xangai, na China.
Líder do ranking mundial, ele busca o tricampeonato do torneio, que já venceu duas vezes no passado –em 2012 e 2013. Derrotá-lo atualmente é tarefa improvável. Desde janeiro, soma 69 vitórias e apenas cinco derrotas –são 13 triunfos consecutivos no momento.
Mais do que isso, Djokovic tem consolidado nesta temporada um domínio impressionante no circuito masculino. Depois da rivalidade entre o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal na década passada, de 2011 para cá a hegemonia pertence ao sérvio.
Por pouco Djokovic não conquistou os quatro Grand Slams do ano. Triunfou com sobras no Aberto da Austrália, em Wimbledon e no Aberto dos Estados Unidos.
Nole, apelido pelo qual também é conhecido, avançou até a decisão de Roland Garros e chegou a liderar o duelo com o também suíço Stan Wawrinka, mas levou a virada. Caso vencesse o confronto, poderia ter se tornado o primeiro tenista desde os anos 1960 a ganhar os quatro Majors.
Apesar de não obter a façanha, é impossível se queixar do ano. Com os oito troféus que já amealhou no ano em 17 campeonatos disputados, faturou US$ 15 milhões (cerca de R$ 58 milhões) em prêmios somente em 2015. Na carreira, ele já desfruta de US$ 87,5 milhões (aproximadamente R$ 339,5 milhões) –é bom lembrar que isso é relativo apenas a faturamento em torneios, e não inclui valores de patrocínio.
Na história do tênis, apenas Federer ganhou mais: US$ 94 milhões (R$ 365 milhões). Djokovic é seis anos mais novo do que o suíço e ganhou 56 taças na carreira, contra 87 de Federer.
MARCAS
O domínio atual de Djokovic se reflete no ranking. Ele ostenta 15.785 pontos, praticamente o dobro do vice-líder, o britânico Andy Murray (8.640).
Se não conseguiu nesta temporada uma sequência de 43 vitórias consecutivas como em 2011, tem sido praticamente imbatível contra os top 10. Neste ano, não perdeu para Nadal, por exemplo. Caiu duas vezes contra Federer, mas o bateu quatro, das quais duas em finais de Grand Slam (Wimbledon e Aberto dos EUA).
Por sinal, ele tem encostado na dupla em número de Majors: agora com dez troféus, está a quatro de igualar Nadal e a sete de Federer. Djokovic ganhou nove de seus dez Slams nesta década, mais do que qualquer outro –Nadal tem oito e Federer, dois.
Quer mais? Só neste ano, superou lendas como Andre Agassi, Ivan Lendl e Jimmy Connors em quantidade de taças de Grand Slam.
Aos 28 anos, o sérvio se encontra no auge da forma e não sofre com lesões crônicas, como Nadal. Ou seja, sua soberania pode se estender –e muito– por alguns anos.
A um mês do final do circuito, ele deve, além do título no Masters 1.000 de Xangai, brigar por conquistas no Masters 1.000 de Paris e nas Finais da ATP, em Londres, ambos em novembro.
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