Troca-troca de parceiros não incomoda brasileiros do vôlei de praia
As quatro parcerias brasileiras que representarão o vôlei de praia brasileiro nos Jogos do Rio-2016 fixaram-se no circuito nos últimos dois anos. Essa troca de duplas, porém, não as preocupa.
"A última mudança, depois de anos jogando com a Juliana, foi para buscar um novo desafio e motivar ainda mais o meu retorno. Sempre admirei a Talita como jogadora e pensei nela quando decidi que voltaria", afirma Larissa, que deixou as quadras em 2012, após oito anos seguidos com Juliana, e voltou da aposentadoria em 2014.
Entre os atletas convocados para a Olimpíada de 2016, apenas dois já subiram ao pódio olímpico: Larissa foi bronze com Juliana e Alison prata ao lado de Emanuel, ambos em Londres-2012.
Mais jovem entre os oito olímpicos do país para 2016, Evandro, 25, vê como natural a ciranda de jogadores.
"Acredito que, quanto mais entrosamento e afinidade, melhores os resultados. Quando as coisas não funcionam, porém, não existe reserva ou um time por trás. Espero que a parceria com o Pedro seja muito duradoura e possamos conquistar nossos objetivos", diz o carioca, que joga com Solberg há cerca de um ano.
A confiança nas duplas brasileiras é tamanha que, na última quinta-feira (15), a presidente Dilma Rousseff recebeu os oito convocados em Brasília e chegou a pedir para eles voltarem lá, no ano que vem, com as medalhas.
"Sendo favorito ou não, sempre vai existir pressão por medalhas. Primeiro pelo fato de o Brasil ser uma potência no vôlei de praia. Em segundo, por ser uma Olimpíada em casa. Mas trabalhamos para saber lidar com essa pressão. O importante é saber estar preparada", conta Ágatha, confirmada ao lado de Bárbara no Rio.
Para Jackie Silva, ouro em Atlanta-1996, no entanto, o favoritismo pode tanto ajudar quanto atrapalhar as duplas.
"O Brasil sempre se coloca como primeiro nos rankings, mas vencer a Olimpíada é outra coisa. Os quatro times podem brigar por medalhas, mas favoritismo pode ser bom ou ruim", diz.
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